quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fato raro: doadora de medula morre após implante de cateter


Quarta-feira, 6 de julho de 2011.
A  coleta da medula pode ser feita de três formas: através do osso da
bacia, de veias periféricas (como no braço) ou centrais (como a jugular)
--o último, por cateter. A escolha ocorre depois de avaliação médica e
leva em conta as condições de saúde do paciente e do doador. Segundo
ele, os riscos da colocação de um cateter não são restritos à doação de
 medula e são os mesmos de outros procedimentos.

Uma jovem de 21 anos, estudante de enfermagem, morreu após fazer um procedimento médico para doação de medula em São José do Rio Preto (438 km de SP).  Luana Neves Ribeiro, que era de Promissão (451 km de São Paulo), esteve no Hospital de Base na manhã de segunda-feira (4) para implantar um cateter, que seria utilizado para coletar as células da medula. A doação seria realizada na terça-feira (5).  Flávia Fernandes, cunhada da jovem, disse que ela começou a passar mal durante a tarde, no hotel onde estava hospedada, e voltou à instituição no início da noite. A estudante morreu às 22h. O hospital disse que o fato está sendo apurado e que um laudo com a causa da morte deve ser emitido nesta quarta-feira. De acordo com a família, uma necropsia apontou uma hemorragia não detectada por exames feitos após a colocação do tubo.  O coordenador nacional do Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), Luiz Fernando Bouzas, diz que o caso é inédito no Brasil, onde já foram feitos 18 mil transplantes de medula, e raro no mundo.
"Temos notícia de seis a oito casos letais no mundo para doador. E apenas um deles é por cateter", afirma. 'Há gente que morre após anestesia. Não é comum, mas pode ocorrer. Foi uma fatalidade.'
A cunhada da jovem diz que Luana fez todos os exames antes da doação e foi considerada apta.
 "Ela estava superfeliz de ajudar."

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