Segunda-feira, 4 de julho de 2011.
E agora, héin, Nascimento? Tá duro de encarar a presidente? |
A presidente Dilma Rousseff decidiu manter o ministro Alfredo Nascimento no comando dos Transportes. Segundo a assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto, a presidente já conversou com Nascimento e pediu que ele conduza (?!?) as investigações do suposto esquema envolvendo servidores do ministério e de órgãos ligados à pasta em superfaturamento de obras e recebimento de propina de empreiteiras e consultorias. De acordo com assessores, o governo "reitera apoio ao ministro". Após reportagem da revista "Veja" sobre o esquema no fim de semana, Nascimento, presidente licenciado do PR, foi obrigado a afastar a cúpula do ministério. Sua permanência não estava assegurada e dependia do encontro com a presidente. Entre os servidores afastados estão o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, e o diretor-presidente da Valec (Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.), José Francisco das Neves. Os órgãos são responsáveis por obras vitais para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O Ministério dos Transportes faz parte da cota do PR, partido da base aliada e que faz dobradinha com o PT desde o primeiro governo Lula. O partido tem 40 deputados federais e seis senadores.
* Não é possível. Ou a presidente é muito ingênua, ou é estratégia para manter o PR como aliado: diretamente não retira o poder, mas dá mais corda para o cidadão, por ele mesmo, se enforcar. Só pode ser isto. Não é possível que todo mundo da cúpula do Ministério esteja envolvido no “esquema”, menos o ministro. Mesmo que seja verdade, no mínimo Nascimento deveria ser afastado por incompetência ou omissão no acompanhamento dos atos da pasta.
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