Quarta-feira, 25 de janeiro de 2011
Jornal italiano alivia situação do comandante e divulga gravação em que representante da Costa Cruises, proprietária do navio, manda capitão Francesco Schettino se aproximar da costa (Foto Reuters) |
O capitão do cruzeiro italiano Costa Concordia disse que os administradores do navio pediram que se aproximasse da costa na noite em que a embarcação encalhou e naufragou, segundo conversas gravadas e que vazaram aos jornais italianos. O jornal La Repubblica publicou trechos de uma conversa entre o capitão Francesco Schettino e uma pessoa identificada apenas como Fabrizio, na qual ele compromete um administrador da Costa Cruises, proprietária do navio.
"Fabri... qualquer outra pessoa no meu lugar não seria tão escrupulosa em ir para lá porque eles estavam me pressionando, dizendo vá até lá, vá até lá", disse Schettinno na conversa. "A rocha estava lá, mas não aparecia nos instrumentos que eu tinha e eu fui até lá... para satisfazer o administrador, vá até lá, vá até lá", disse.
A conversa aparentemente foi gravada sem o conhecimento de Schettino, enquanto ele era mantido sob custódia após o acidente, e foi postada no site do La Repubblica. Uma fonte do gabinete da promotoria disse que a transcrição era genuína. Schettino atualmente está sob prisão domiciliar, acusado de provocar o acidente ao se aproximar demais da margem, de homicídio múltiplo e de abandonar o navio antes que a retirada dos 2.400 passageiros e tripulantes acabasse.
Pelo menos 16 pessoas morreram quando o navio bateu em uma rocha, que abriu um buraco em sua lateral e o afundou perto da ilha de Giglio, na Toscana, em 13 de janeiro. Outras 16 pessoas estão desaparecidas. Seis corpos continuam sem identificação. Os investigadores disseram que Schettino manobrou o navio de 114.500 toneladas até 150 metros da costa para fazer uma manobra conhecida como "saudação". Uma das principais dúvidas da investigação é se essa manobra foi ou não tolerada, ou mesmo encorajada, pelos operadores do navio. Em outra ameaça potencial à Costa, o jornal Corriere della Sera divulgou que Giulia Bongiorno, uma das principais advogadas criminalistas do país, representará 30 passageiros que pretendem processar a empresa. (Reuters)
"Fabri... qualquer outra pessoa no meu lugar não seria tão escrupulosa em ir para lá porque eles estavam me pressionando, dizendo vá até lá, vá até lá", disse Schettinno na conversa. "A rocha estava lá, mas não aparecia nos instrumentos que eu tinha e eu fui até lá... para satisfazer o administrador, vá até lá, vá até lá", disse.
A conversa aparentemente foi gravada sem o conhecimento de Schettino, enquanto ele era mantido sob custódia após o acidente, e foi postada no site do La Repubblica. Uma fonte do gabinete da promotoria disse que a transcrição era genuína. Schettino atualmente está sob prisão domiciliar, acusado de provocar o acidente ao se aproximar demais da margem, de homicídio múltiplo e de abandonar o navio antes que a retirada dos 2.400 passageiros e tripulantes acabasse.
Pelo menos 16 pessoas morreram quando o navio bateu em uma rocha, que abriu um buraco em sua lateral e o afundou perto da ilha de Giglio, na Toscana, em 13 de janeiro. Outras 16 pessoas estão desaparecidas. Seis corpos continuam sem identificação. Os investigadores disseram que Schettino manobrou o navio de 114.500 toneladas até 150 metros da costa para fazer uma manobra conhecida como "saudação". Uma das principais dúvidas da investigação é se essa manobra foi ou não tolerada, ou mesmo encorajada, pelos operadores do navio. Em outra ameaça potencial à Costa, o jornal Corriere della Sera divulgou que Giulia Bongiorno, uma das principais advogadas criminalistas do país, representará 30 passageiros que pretendem processar a empresa. (Reuters)
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