quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dono da VC Consultoria está preso e lojas de Curitiba lacradas



Quarta-feira, 11 de maio de 2011.
Uma operação do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e da Promotoria de Inquéritos Policiais, prendeu na manhã desta quarta-feira (11) um dos proprietários da empresa VC Consultoria, especializada na realização de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. A empresa é acusada de fraudes e irregularidades em contratos de empréstimos e práticas comerciais abusivas. Entre os crimes que podem ter sido cometidos estão estelionato, propaganda enganosa e coação na contratação de empréstimos.
As lojas da empresa foram lacradas pela polícia. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, outras cinco pessoas foram presas. Os nomes dos presos não foram divulgados. Hoje pela manhã diversas pessoas que haviam feito empréstimo ou desejavam realizar encontraram as portas fechadas e nenhuma explicação. Na porta, apenas um aviso de que a loja havia sido fechada por decisão judicial.
Fraude
A ex-funcionária da empresa, Daiane Rodrigues Moreira, conta como funcionava o esquema. Segundo ela, os funcionários que atuavam no atendimento eram orientados a fazer com que os clientes assinassem os contratos em três vias. “A gente dizia que era uma para o INSS, outra para o banco BMG e outra para a VC, mas na verdade era para fazer três empréstimos”, explicou.
Entre as práticas de empréstimo não solicitado estava também o lançamento de créditos suplementares sempre que havia um aumento na margem de crédito dos clientes, conhecido como Reserva de Margem Complementar. A ex-funcionária conta que eram depositados na conta do cliente cerca de R$ 300,00 ou R$ 500,00 e o valor com juros era adicionado às parcelas descontadas dos clientes. "Quem queria devolver o dinheiro era informado de que ia levar três meses, uma burocracia."
Ela contou que outra prática da empresa era fazer com que os clientes assinassem contratos de seguro sem que tivessem solicitado ou fossem informados da contratação do serviço. Daiane explica que havia meta de no mínimo 200 contratos mensais por loja e a orientação era fazer os contratos sem a assinatura do cliente.
A promotora de vendas explica ainda outra prática da empresa. Segundo ela, com os dados transmitidos pelos clientes para “simulação” de empréstimos, a VC era capaz de bloquear a margem de crédito, como se o cliente tivesse realizado o empréstimo. “Eles seguravam a margem de crédito, daí a pessoa não conseguia empréstimo em outras empresas e era obrigada a voltar para a VC”, diz.  Ela explica que quando os clientes tentavam realizar o empréstimo consignado em outra empresa, aparecia como se elas já tivessem contratado o empréstimo na VC e a operação não era autorizada. (Paraná Online)

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