Sábado, 14 de maio de 2011.
O ser humano busca ao longo de sua existência ser feliz, estar feliz. A sensação de felicidade muda conforme o instinto de cada um, mas na sua essência, as pessoas fazem de tudo para sentir a gostosa sensação de bem estar. Como são milhões os seres neste planeta, é compreensível que os interesses de alguns se choquem com os de outros. Aprendemos que temos o direito de buscar nossa felicidade, mas que nosso direito termina onde começa o do próximo, isto é, temos o desafio de conquistar nossa felicidade sem que para isto, alguém se torne infeliz. Aí é que surgem os valores comportamentais que determinarão no frigir dos ovos se somos verdadeiramente felizes ou, se vivemos uma falsa e momentânea sensação de felicidade. A sabedoria existencial, conquista de poucos, é a luz que ilumina esse tortuoso caminho que temos necessariamente de percorrer para atingir a real e duradoura sensação de “ser feliz”.
É interessante as cerimônias de casamento. Não importa a que religião pertençam os noivos. A celebração da união de duas pessoas acaba sendo a oportunidade que todos os casais têm de, presentes ao ato, ouvir conselhos relacionados ao tema. E recentemente ouvi, no casamento de meu filho, uma colocação que até então não havia pensado e que pontualmente alerta a todos sobre o verdadeiro sentido da busca da felicidade. Disse o religioso que se qualquer um dos noivos estava ali naquele momento para “ser” feliz, em primeiro lugar, estava começando ou buscando de forma errada esse sentimento. Estariam certos os cônjuges se estivessem ali para “fazer” o outro feliz, em primeiro plano. Fiquei a meditar sobre essa sábia colocação oferecida a todos os presentes à cerimônia e, creio, podemos estendê-la aos demais momentos de nossa vida, quando o assunto é a busca da felicidade. Só seremos verdadeiramente felizes, quando antes de buscar “ser feliz”, priorizamos o “fazer” os outros felizes. Este, amigos, é o nosso desafio diário. Enquanto não entendermos a profundidade dessa mensagem e a colocarmos em prática em nossa vida, viveremos sim, momentos felizes, mas passageiros e efêmeros, pois a sensação de frustração será permanente em nosso quotidiano.
Entendam. Essa mensagem não é só para vocês, mas a mim também. Confesso que minha natureza resiste, não a entendê-la, mas a praticá-la na sua essência. Mas, reconheçam, este é o desafio maior de nossa vida, não é mesmo?!? Fazer feliz para ser feliz.
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