terça-feira, 10 de maio de 2011

Rossoni pula que nem pipoca em panela quente. Porquê?!?



Terça-feira, 10 de maio de 2011.
Acostumados com a couraça da “imunidade parlamentar” e de acertos e conchavos dentro das quatro paredes da Assembléia, com atitudes consagradas pelo corporativismo parlamentar, os até então intocáveis deputados reagem a uma denúncia de investigação que segundo eles “vazou” para a imprensa, como se isto não fosse uma coisa absolutamente normal na vida de um homem público. Todos os atos dos parlamentares devem, sim, ser esclarecidos pois eles são “servidores públicos”. Todos foram às ruas pedir votos com o compromisso de servir ao povo e não aos seus interesses. A sociedade deve consagrar o apoio necessário ao Ministério Público. Em época de valores confusos nos 3 poderes que deveriam sustentar a democracia, o Ministério Público ainda se resguarda de confiabilidade pública para colocar o mal cidadão atrás das grades. Quanto aos deputados denunciados fica a oportunidade de ampla defesa. Quem não deve, não deveria temer! O que não está sendo o caso. Leia abaixo matéria da Gazeta do Povo de hoje:

Dr. Olympio e Deputado Rossoni: crise institucional?
"Uma crise institucional entre a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e o Ministério Público Estadual (MP) foi iniciada ontem, após a divulgação de que promotores investigam quase mil servidores e ex-funcionários da Casa por suspeita de terem sido fantasmas entre 2003 e 2010. Os servidores são ou foram ligados a seis deputados estaduais – inclusive ao atual presidente do Legislativo, Valdir Rossoni (PSDB). Na sessão de ontem da As­­­sembleia, Rossoni acusou o chefe do MP, o procurador-geral de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto, de não investigar o próprio irmão, Severo Olympio Sotto Maior, apesar de ele ter sido diretor legislativo da Assembleia até o fim de janeiro deste ano – período abrangido pela investigação do MP. Rossoni assumiu em fevereiro deste ano e não manteve Severo no cargo. O tucano ainda acusou Severo de ter sido um dos responsáveis por ilegalidades na As­­­sembleia e de manter vários funcionários irregulares. As acusações de Rossoni fo­­ram feitas no mesmo no dia em que a Gazeta do Povo publicou reportagem revelando a investigação do MP. Além de funcionários ligados a Rossoni, servidores ou ex-servidores de pelo menos outros cinco deputados estão no alvo do Ministério Público: Reni Pereira (PSB), atual segundo-secretário da Casa; Nereu Moura (PMDB), que foi primeiro-secretário de 2003 a 2006; Luiz Eduardo Cheida (PMDB); Nelson Justus (DEM); ex-presidente da Casa; e Alexandre Curi (PMDB), ex-primeiro-secretário. Todos eles afirmam que não praticaram nenhuma irregularidade na contratação de servidores." (Gazeta do Povo)

* Então não tem por onde toda esta reação. Se existe denúncia, a obrigação do Ministério Público é investigar, da imprensa informar e da Justiça julgar. O político, servidor do povo, que não deve, não deveria temer. Cada qual está cumprindo com sua obrigação direcionada àqueles que pretensamente não estão.




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