quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cirurgiões ameaçam romper com planos e seguros de saúde


Quarta-feira, 15 de junho de 2011.
Queda de braço de operadoras e médicos não pode é sobrar para o usuário
Os médicos, com razão, estão pressionando os planos de saúde por melhor remuneração. As alegações são pertinentes, diante daquilo que é cobrado pelas operadoras, e, segundo eles, não repassados convenientemente. O conveniado não tem nada a ver com esta briga e não deve ser penalizado. Uma coisa é certa: se surgir uma nova operadora que pratique preços compatíveis com a realidade, ganhará a preferência, não só dos profissionais, mas dos segurados. Mas, para aí: a Unimed não surgiu exatamente com esta política. O que é que aconteceu?
Em todo o Estado estão sendo realizadas assembleias pelos médicos nas suas mais variadas especialidades. Os resultados dessas assembleias, bem como dessa que será realizada nesta quarta-feira pelos cirurgiões, serão levados à assembleia geral marcada para o próximo dia 28 na sede da Associação Médica do Paraná. Nesta assembleia geral será definida a posição final do Paraná a ser adotada em relação às operadoras de saúde. Os cirurgiões do Paraná poderão romper individualmente com os planos e seguros de saúde caso eles não parem de interferir nos trabalhos médicos ou não reajustem seus honorários. Essas medidas serão discutidas pela categoria em assembleia a ser realizada nesta quarta-feira (15), às 19h30, na Associação Médica do Paraná, em Curitiba.
Segundo o presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões no Paraná (CBC/PR), Luiz Carlos Von Bahten, há um “descaso” dos planos e seguros de saúde com os médicos. De acordo com o presidente do CBC/PR os planos e seguros de saúde estão glosando os procedimentos cirúrgicos e interferindo nas medidas terapêuticas, provocando a redução de exames médicos necessários aos pacientes. Sobre o pagamento de honorários, Bahten afirma que há convênios em que os médicos ficam apenas com R$ 5,80 sobre a consulta. “Em dez anos, entre 2000 e 2010, o IPCA acumulou uma inflação de 106%. Em dez anos, os planos aumentaram 133% e isso não foi repassado aos médicos”, avaliou Bahten.
A Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) também estará presente na assembleia dos cirurgiões para esclarecer critérios de negociação com as operadoras de saúde.  (Paraná Online)

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