Quarta-feira, 18 de janeiro de 2011.
Juiza afirma que comandante Schettino, ficou sobre um cais na ilha italiana de Giglio vendo como o navio afundava antes do término da evacuação |
A juíza Valeria Montesarchio, responsável pelos casos criminais do naufrágio do navio Costa Concordia, afirmou que o capitão do cruzeiro, Francesco Schettino, ficou sobre um cais na ilha italiana de Giglio vendo como o navio afundava antes do término da evacuação. A conclusão foi o que fez com que a magistrada determinasse a prisão domiciliar do comandante da embarcação. Baseada nos depoimentos feitos na investigação, ela concluiu que "existem indícios graves" dos delitos pelos que a Promotoria acusa Schettino. O capitão é acusado de abandono do navio, homicídio culposo múltiplo e naufrágio. Porém, a juíza não viu indícios de tentativa de fuga nem contaminação das apurações, recusando o pedido da promotoria de prisão preventiva. A conclusão foi o que fez com que a magistrada determinasse a prisão domiciliar do comandante da embarcação.
IMPRUDÊNCIA
A magistrada avalia como culposa a manobra que Schettino fez e provocou o acidente, avaliando como "gravemente imprudente". Ela afirma que o capitão admitiu ter se aproximado demais da costa, mas que "não percebeu o tamanho do dano" causado pela batida e reafirma que demorou de 30 a 40 minutos para avisar às autoridades costeiras. Montesachio revelou que o comandante disse ter abandonado a embarcação quando permaneciam a bordo "pelo menos mil pessoas" e que teve de sair do navio porque era "necessário". No entanto, a juíza disse que Schettino não tentou voltar às proximidades da embarcação após o abandono.
DEPOIMENTO
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