segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Descoberto o sexto corpo em navio que naufragou na costa italiana


Segunda-feira, 16 de janeiro de 2012.
Equipe de resgate se aproxima do Costa Concordia; descoberto o sexto corpo em
navio que naufragou na costa italiana (Foto Gregorio Borja/Associated Press)
As equipes de resgate descobriram na manhã desta segunda-feira o corpo de um homem dentro do Costa Concórdia. Ele é a sexta vítima que morreu em decorrência do naufrágio do transatlântico perto da ilha toscana de Giglio, nesta sexta-feira (13), anunciou a imprensa. Bombeiros italianos que trabalham todas as noite à procura dos cerca de 15 desaparecidos, encontraram a bordo o corpo de um passageiro vestindo um colete salva-vidas, em uma área não inundada. Até então, os mortos haviam sido identificados como um tripulante peruano, dois turistas franceses, um italiano e um espanhol --os corpos dos dois últimos foram encontrados no domingo.
Membro da equipe de resgate escala o Costa Concordia; a equipe de resgate procura
na parte submersa do cruzeiro as 14 pessoas ainda estão desaparecidas
(Foto Max Rossi/Reuters)
PREJUÍZOS
Segundo o jornal "Financial Times", a Carnival, grupo que opera 11 diferentes marcas de linhas de cruzeiros, entre elas a Costa Crociere, deve registrar prejuízos de US$ 95 milhões devido ao acidente neste ano contábil. Já a BBC adianta que a queda do valor das ações do grupo nas Bolsas já custa US$ 1 bilhão à companhia. As ações da empresa, que é listada nas Bolsas de Nova York e Londres, caíram 21% na abertura dos mercados nesta segunda-feira.
As imagens são impressionantes pela proporção do tamanho da embarcação em relação
aos membros da equipe de resgate (Foto Max Rossi/Reuters)

ERRO
Comandante Francesco Schettino quando era detido. Sobre
ele pesam graves acusações (Foto Enzo Russo/Efe)


A empresa Costa Crociere admitiu neste domingo que o comandante Francesco Schettino "cometeu erros de julgamento e não observou os procedimentos para situações de emergência.” "A Justiça determinou a prisão do comandante, contra quem pesam graves acusações", destacou a companhia. "Parece que o comandante cometeu erros de julgamento que tiveram graves consequências" e que "suas decisões na gestão da emergência ignoraram os procedimentos da Costa Cruzeiros, que seguem as normas internacionais", informou a empresa. No comunicado, a "Costa Crociere" destaca que Schettino, que entrou na companhia em 2002, como responsável de segurança, foi promovido a comandante em 2006, após concluir com sucesso todos os cursos de formação. 

COMO FOI
Relatos dos passageiros contradizem informações oficiais da companhia
responsável pelo gigantesco navio (Foto Gregorio Borja Associated Press)
O navio levava 4.229 pessoas a bordo. O número de brasileiros no cruzeiro pode ser maior do que os 53 divulgados inicialmente pela operadora e repassados para o Itamaraty. Segundo versões iniciais, o navio atingiu uma rocha por volta das 21h30 locais e começou a encher de água. O capitão tentou se aproximar da ilha, mas então o navio começou a virar. Uma hipótese é que, devido a uma falha técnica, o navio tenha perdido os instrumentos de navegação, se desviado da rota e então colidido com a rocha. A empresa Costa Cruzeiros disse que prestou socorro imediato. Porém, relatos dos passageiros contradizem essa informação. 
Quando a embarcação começou a reclinar foi um desespero total, relatam
os passageiros (Foto Gerard Julien/France Presse)
Eles contam que jantavam quando ouviram um estrondo, mas foram orientados a continuarem sentados. O comandante teria informado inicialmente que o navio havia tido problemas elétricos. Mas os turistas desconfiaram quando a embarcação começou a se inclinar, e os objetos, a cair das mesas. Começou uma correria pelos salva-vidas, com pessoas tropeçando umas nas outras e caindo pelas escadas. A rápida inclinação do navio acabou dificultando a saída dos botes, fazendo com que muitos simplesmente pulassem nas águas geladas. Segundo os passageiros, um treinamento para situações de emergência não havia sido realizado e estava previsto para ontem. (France Presse)

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