Quinta-feira, 19 de janeiro de 2012.
|
Depoimento de Dominika contribui com a defesa do comandante que sofre bateria de críticas por seu comportamento antes, durante e após "incidente" da madrugada do último sábado (14/01) (Foto: Reprodução/Il Secolo XIX) |
A mulher convidada a embarcar de forma extra-oficial no navio Costa Concordia no dia em que a embarcação bateu em uma rocha, na sexta-feira (13), concedeu uma entrevista nesta quinta-feira à emissora de TV de seu país, a Moldova, defendendo as ações do capitão Francesco Schettino, com quem jantava no momento do acidente. Dominika Cermortan, 25, admitiu que jantava com o capitão no momento da colisão que abriu no casco do navio uma fenda de 70 metros, e defendeu que a operação de Francesco Schettino "salvou milhares de pessoas".
|
Foto mostra Dominika Cermortan durante jantar no Costa Concordia (Foto: Reprodução/Il Secolo XIX) |
"Acho que ele desenvolveu um trabalho extraordinário, toda a tripulação é solidária com ele e acredita que salvou mais de 3.000 pessoas", afirmou, segundo reportou a imprensa italiana. Dominika conseguiu alcançar um bote salva-vidas e, segundo ela, ajudou outras pessoas. A Promotoria de Grosseto, que abriu a investigação sobre o naufrágio, precisa interrogar a jovem moldávia para reconstituir a sequência dos fatos ocorridos na ponte de comando na madrugada de 13 para 14 de janeiro, quando ocorreu o naufrágio. As autoridades também querem saber o que a jovem fazia no cruzeiro, já que não aparece nem na lista de passageiros, nem na da tripulação. COMANDANTE
|
Num "mar" de acusações, o comandante Schettino também tem quem o defenda |
Schettino, o "capitão covarde", como é chamado por muitos, colocou a Itália nas capas dos jornais em uma posição vergonhosa, segundo os analistas, que insistem na proibição das "saudações" dos cruzeiros italianos que se aproximam tanto da costa, pondo os navios em perigo. O governo italiano já antecipou que vai proibir este costume no tráfego marítimo do país. Enquanto isso, o capitão do navio chegou escoltado por carabineiros na quarta-feira a seu povoado, Meta di Sorrento, onde foi recebido por multidões, já que é considerado um herói. A população local apoia o comandante.
|
Comandante Schettino em foto recente na cabine de comando do Costa Concórdia |
"Ele não fugiu, ele desceu apenas para avaliar os danos. Além disso, evitou uma tragédia, poderia ter sido pior", afirmou seu cunhado, Maurilio Russo. Até o pároco do povoado, Don Gennaro, que nos próximos dias irá visitar o capitão para expressar sua solidariedade, considerou que Schettino foi "massacrado". O capitão, que abandonou o navio a sua própria sorte uma hora depois do acidente e que ao chegar a terra firme ligou para a mãe, para depois contemplar a embarcação afundando de uma rocha da ilha de Giglio, teve sorte. A juíza de Grosseto, Valeria Montesarchio, determinou sua prisão domiciliar contrariando a opinião do promotor-chefe da localidade italiana, Francesco Verusio, que pediu a prisão preventiva de Schettino. O promotor vai recorrer da decisão da juíza porque "o capitão foi ruim na manobra, no abandono do navio, por não ter comandado as operações de resgate e por não ter dado nenhuma ordem". RESGATE É RETOMADO
|
Preocupação também com as 2.380 toneladas de óleo combustível estocadas nos tanques do gigantesco navio (Foto Reuters) |
As equipes de resgate retomaram nesta quinta-feira as buscas pelos desaparecidos no navio italiano. Mergulhadores haviam suspendido as operações de busca na quarta-feira após o casco da embarcação mudar de posição sobre a rocha sobre a qual se encontra assentado. O navio naufragou na última sexta-feira (13) depois de colidir com uma pedra. Filippo Marini, um porta-voz da guarda-costeira, disse que o navio agora está estabilizado. "Os testes durante a noite foram positivos e temos mergulhadores em ação", afirmou. "Vamos usar microexplosivos para abrir buracos na estrutura. As equipes vão ingressar na embarcação e buscar por mais pessoas". Ao mesmo tempo, técnicos especializados se preparavam bombear o combustível do navio para evitar uma catástrofe ambiental. O navio continua com 2.380 toneladas de combustível e serão necessárias de duas e seis semanas para retirar tudo de seu interior, segundo Max Iguera, da companhia Cambiasso Risso e representante da empresa Smit, encarregada do assunto. O navio naufragou na última sexta-feira próximo à ilha de Giglio, na costa da Itália, após colidir com uma rocha, com mais de 4.200 pessoas a bordo. Até o momento, foram encontrados os corpos de 11 pessoas mortas no naufrágio e mais de 20 pessoas seguem desaparecidas. (France Presse)
Posted in:
0 comentários:
Postar um comentário