sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Viva a Bauducco!

Sexta-feira, 29 de novembro de 2013.

Eu e meu "Bauducozinho"
Estamos nos aproximando mais uma vez do Natal. Dezembro, um mês mágico. As pessoas assim como que por milagre se transformam. Todas, indistintamente, cristãs ou não, são influenciadas pelo espírito natalino, que aproxima e aquece o coração levando à sensação de festejar o amor, a fraternidade do amor. As casas começam a ser enfeitadas, as ruas e avenidas das cidades também. No comércio, as vitrines e corredores são preenchidos por imagens que lembram a época, sempre com o Papai Noel e seus aparatos e também suas guloseimas típicas. Uma delas é o panettone. A cada ano, mais e mais empresas colocam suas receitas à disposição da clientela. São várias as marcas disponibilizadas, mas a tradição leva à marca original: Bauducco. E foi inspirado no sabor inigualável desta maravilha de iguaria natalina que tenho uma história para contar. O mês era julho e o ano 1990. Morava em Londrina, no norte do Paraná. Estava no quarto mês de gravidez de meu “Bauduccozinho”. 
Devorei  na hora, todo o conteúdo desta embalagem 
Chamo-o assim e explico a razão. São famosos os desejos das mulheres em período de gestação. Alguns excêntricos até. Lembro que meu único e fervoroso desejo ocorreu exatamente naquele mês de julho de 1990. Queria por que queria um Panettone Bauducco. Mas, como? Totalmente fora da época em que ele é colocado no mercado. Chorei, gritei, pulei, fiz o maior escândalo e o coitado de meu marido disse que seria impossível encontrar no mercado, naquela época um Panettone Bauducco, mesmo em São Paulo. Ele chegou a ligar para algumas empresas de Londrina e de São Paulo e a informação de que o produto só seria colocado no mercado a partir de final de outubro e início de novembro o convenceu de que seria impossível satisfazer meu inusitado desejo. Mas, não me dei por vencida. Fui até o primeiro mercado de Londrina perto de casa e comprei um biscoito da mesma marca. Nele vi o telefone da empresa e liguei. Acompanhe só o desespero:
- Alô, moça, por favor eu não quero que meu filho nasça com cara de panettone. Por favor, eu estou no quarto mês de gravidez e morro de vontade de comer um panetone, mas não é um qualquer. Tem de ser panettone da Bauducco. Eu quero um Bauducco. Por favor, me ajude, pelo amor de Deus!!!!
E ela, gentilmente respondeu:
“Calma, minha senhora, não tem problema. Vou ver o que posso fazer. Me dê o número de seu telefone e seu endereço. Se houver condição enviaremos um para a senhora. Fique tranquila.”
Confesso que meu coração quase saiu pela boca de tão nervosa. Era um misto de nervosismo e ansiedade. Uma mistura de dúvida e de gula mesmo. Os dias foram passando e uma semana depois o porteiro do prédio em que morávamos na bela Londrina me informou que havia chegado uma encomenda de São Paulo para mim. Não acreditei. Desci como um foguete, peguei a encomenda e ao abri-la, quase morri afogada de tanta água na boca. Ali, na minha frente, como que por milagre estava, no mês de julho de 1990, um quilo do mais puro e delicioso Panettone Bauducco. Sentei-me no chão, em frente da televisão e o devorei tudinho, sozinha. Nunca comi algo tão desejado e deliciosamente festejado: meu Panettone Bauducco.
Hoje vinte e três anos se passaram. Meu filho é um belo rapaz. Dei a ele o nome de Julian Victor. Julian por ter sido em julho o ocorrido e Victor por ter sido vitoriosa, por conta da gentileza desta fantástica empresa, na realização de meu desejo de grávida: saborear um quilo de panettone da Bauducco totalmente fora da época do Natal, quando tradicionalmente é disponibilizado ao mercado. E cá entre nós, até acho que meu príncipe tem uma cabecinha no formato de panetone. E na sua perna uma mancha que lembra muito uma uva passas. Ele é o meu “Bauduccozinho”, um filho deliciosamente esperado e festejado. E viva a Bauducco!
Eunice Campos de Paula Yared

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