sexta-feira, 4 de maio de 2012

Não dá para esquecer


Sexta-feira, 04 de maio de 2012.
Imagem de uma vida que nos foi tirada por um trânsito assassino e impune
Primeiro pensei em postar só a foto para que meus amigos lembrem que três anos se passaram e a Justiça ainda não julgou aquela trágica colisão que vitimou meu sobrinho, Gilmar Raphael Yared. Medidas protelatórias, todas previstas no sistema processual brasileiro, vêm sendo utilizadas pela defesa em favor de seu cliente. Enquanto isso, o tempo passa e essa ocorrência que ocupou a mídia nacional fica sem uma resposta à sociedade que acompanhou com interesse e preocupação seu desenrolar. Depois de três anos, muita coisa aconteceu, muitos já pereceram por razões parecidas e, infelizmente outras ocorrências ainda estão por vir até que esta finalmente seja julgada. Hoje a lei seca caiu em descrédito. Ninguém liga se a lei diz que se um motorista consumir bebida alcoólica não pode dirigir. A grande maioria que bebe uma, duas, três ou até cinco latinhas de cerveja sai por aí dirigindo como se nada tivesse acontecido. Como se fosse uma coisa normal. Puxa gente, tem uma lei que diz que isso não pode! Se for beber, vá de taxi. Ou leve um acompanhante abstêmio. Ontem à noite, em um município da região metropolitana de Curitiba, um cidadão saiu de um bar com dois amigos. Ao entrar na BR 116, certamente com os reflexos bastante alterados pela bebida não percebeu a aproximação de um veículo. A colisão foi fatal. Os dois amigos desta pessoa morreram e no outro veículo a acompanhante também pereceu. Para escapar do flagrante de dosagem alcoólica o motorista que provocou o acidente abandonou seus amigos que pereceram logo depois e se evadiu do local. Fato do dia a dia de um trânsito cada vez mais assassino e que tem como pano de fundo a preocupante sensação de impunidade que casos como o do meu sobrinho geram na sociedade. Pessoas que continuam de forma irresponsável a consumir bebida alcoólica e depois tomam a direção de um veículo. Uma afronta à lei! Enquanto isso tenho que diariamente tentar explicar às pessoas como está o caso de meu sobrinho. Por isso é que compartilho com meus amigos essa foto. Olho para ela e penso: é não dá para esquecer!

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