domingo, 24 de junho de 2012

A percepção do cidadão consciente


Domingo, 24 de junho de 2012.
Foto tirada pela vítima, Gilmar Rafael Yared, no interior do veículo
destruído na tragédia do Mossunguê (Foto Arquivo de Família)
O senhor Maurício Machuca escreveu para meu irmão Gilmar Yared e o conteúdo deve ser divulgado para que todos os envolvidos no caso entendam que a população, pessoas até que nem conhecemos estão há mais de três anos do caso, acompanhando atentamente seus desdobramentos. Perguntas que devem ser respondidas:
1 - Porque é que a defesa do acusado está tão preocupada em levar o caso a júri popular? Quem não deve não deveria temer, não é mesmo? 
2 - E se o dolo da ação não fosse tão contundente, porque é então que o envolvido renunciou ao cargo público que ocupava? 
Vamos às ponderações do Sr. Maurício Machuca no mural do Facebook de meu irmão Gilmar. Prestem atenção à sutileza da percepção de Machuca:

“Caro Yared:
Acredito que as investigações não levantaram em conta alguns fatos sobre a colisão. Acontece que um carro a 170 avança 50 m em um segundo quando na velocidade normal de 60, avança 16 m em um segundo. Quando o Rafael chegou ao cruzamento, certamente não enxergou o carro do deputado porque estava a mais de 300 m do local, isto é a mais de 3 quarteirões de distancia. É humanamente impossível ter visto o carro do deputado. 300 m o Carli fez em apenas 6 segundos, 6 segundos é o tempo que a gente emprega para dar aquela reduzida olhar se vem alguém e entrar no cruzamento. Mesmo que ele tivesse visto as luzes a distancia ele teria concluído que dava tempo de entrar por que certamente ele teria visto as luzes do carro vindo a mais de 3 quarteirões de distancia o suficiente para fazer a manobra de entrada. Finalmente o sinaleiro piscando no amarelo (se é que estava) tem a função de avisar da existência de obstáculos ou situações perigosas na via, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar medidas de segurança para seguir adiante. Então o Carli também cometeu essa infração de transito que até agora ninguém levantou. Em definitivo a argumentação dos advogados se inverte porque quem realmente não poderia prever que um carro a três quarteirões de distancia pudesse vir a colidir era a vitima ao passo que o acusado, ele sim poderia prever o impacto.”



Tem gente achando que agora indo a Brasilia o caso não volta mais. Ledo engano. Voltará mais depressa do que imaginam, pois o caso repercutiu nacionalmente. Não só os paranaenses como o cidadão Maurício Machuca o acompanham. Ele representa, senhores, milhões de brasileiros que não aguentam mais essa sensação de impunidade que a morosidade de um processo gera para casos de extrema gravidade protagonizados por verdadeiros "assassinos do volante". Esse pessoal comete verdadeiras barbaridades e depois pousa de santinho, sempre é claro, acompanhados de eficientes advogados, contratados a peso de ouro para "livrar a sua barra"Com certeza, esperamos não seja neste caso. Repito: não é só o Paraná. O Brasil está de olhos e ouvidos alertas contra qualquer passo em contrário à decisão do Tribunal do Juri, o Tribunal do povo brasileiro.

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