quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Desvio de finalidade

Quarta-feira, 30 de janeiro de 2013.

Estádio Joaquim Américo. Antiga Baixada
Pessoa Jurídica, segundo a doutrina específica “é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônio, que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações; são três os seus requisitos: organização de pessoas ou de bens; licitude de seus propósitos ou fins; capacidade jurídica reconhecida por norma.” Temos como exemplo um clube de futebol profissional que é pessoa jurídica de direito privado de acordo com o art. 44 do Código Civil (associações, sociedades e fundações). Em todo o planeta, o futebol passou a ser considerado um grande e lucrativo negócio, se bem gerenciado é claro. Para sobreviver neste imenso mundo do futebol, um clube precisa assumir de vez conceitos gerenciais de uma empresa. Isso, muitas vezes bate de frente com o romantismo do torcedor. 
Clube Atlético Paranaense e a força de sua torcida
Mas, ao mesmo tempo em que é romântico esse mesmo torcedor quer resultados, assim como qualquer investidor. O desejo de ser campeão, de ganhar, de “estar por cima” leva a cobranças impositivas àqueles que estão à frente desta pessoa jurídica. Não é preciso muito esforço para observar, ao longo do tempo, diversas transformações no ambiente das organizações esportivas que têm influenciado suas formas de gestão. Mas, acompanho com certa preocupação aquilo que considero um “desvio de finalidade” dentro desses conceitos o que ocorre com o Clube Atlético Paranaense, clube de tradição do futebol brasileiro, com uma grande torcida e um patrimônio invejável. 
Projeto da Arena para 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil
Não critico a capacidade administrativa dos que hoje estão à frente do clube. Apenas entendo que deve haver mais sintonia dessa gente com a real finalidade de um clube de futebol. Pelo menos sua principal: a prática do esporte e como motivação primeira a exibição perante sua torcida. Colocar um time secundário para a competição estadual, proibir entrevistas a órgãos de imprensa e agora ameaçar jogar longe de seus torcedores me parecem ações equivocadas que desvirtuam em gênero, número e grau a razão de ser de um Clube de Futebol. Há que se rever com urgência esta postura equivocada. O Atlético Paranaense inaugurará ano que vem no mais tardar, o mais moderno estádio de futebol do Brasil. As mesmas inteligência e capacidade administrativa que forjarão esta obra não devem se esquecer que a eficiência maior na gestão de um clube esportivo passa pela satisfação de seu torcedor e não alijá-lo de sua vida, de seu dia a dia.
Foto Um: Antigo Estádio Joaquim Américo
* Foto Dois: Moderna Arena da Baixada
* Foto três: Projeto do Estádio para 2014
No coração do torcedor são a mesma coisa!

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