Sábado, 23 de março de 2013.
Confúcio dizia que "a humildade é a única base sólida de todas as virtudes". Ouço muito se falar da importância de ser humilde. Mas, o que é a humildade? Será que temos a perfeita noção do que seja? Seremos capazes de assumi-la quando necessário? A cultura judaica ensina que ela se manifesta quando "o ser atinge o topo de sua inteligência". O romancista e dramaturgo castelhano Miguel de Cervantes dizia que ela "é o fundamento de todas as virtudes, pois sem ela não se chega a nenhuma delas". Mas, volto a perguntar se temos a absoluta certeza de que somos verdadeiramente humildes? Penso que não há como saber sem antes ter a oportunidade de a vida nos testar. Imaginem-se ocupando uma posição superior às demais pessoas: cultural, financeira, corporal ou física e mesmo assim não se utilizar dessas prerrogativas para impor a elas qualquer tipo de admoestação e, ao mesmo tempo, subjetivamente entender-se igual em direitos e obrigações. Aí se começará a passar no teste da humildade. Mas tem muito mais. A pessoa verdadeiramente humilde não chega nem a pensar que é. Apenas age naturalmente. Escrevo isto para que meus amigos reflitam e percebam que esta sólida virtude é um desafio que bate de frente com nossa natureza. Feliz daquele que consegue chegar ao topo de seu desenvolvimento espiritual e sabedoria para praticar a humildade em sua essência. Um sentimento a nos desafiar todos os dias: não nos sentir melhor do que ninguém, pois verdadeiramente não somos melhores mesmos. São nossas ações que determinarão nossa verdade e não aquilo que achamos que somos, nem o cargo ou posição social que temporariamente ostentamos.
“Ser humilde não é nos colocarmos abaixo das pessoas. Essencialmente é não nos colocarmos acima, mesmo tendo condição para tal.” JYF
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