segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Quando as bombas explodem

Segunda-feira, 04 de agosto de 2014.

"Por mais armas que tenha, por mais bombas que exploda,
por mais baixas que provoque no inimigo, por mais domínio
 que exerça, o povo que opta pela violência como instrumento
 de domínio será sempre um povo acuado pelo medo e pela
insegurança" JoYa
Dá dó de um povo que para poder viver tem de matar outro povo. Fechar os olhos, o coração e a razão para o morticínio de crianças, mulheres e velhos para se dar ao direito de ver suas crianças, mulheres e velhos viverem. Dá dó de ver a economia de seu país reservar grande parte de seus recursos para enriquecer as industrias armamentistas, quando poderiam ser investidos em bens que levassem a uma melhor qualidade de vida. Mas que vida? Vale a pena viver sob a imposição do medo resultante do ódio forjado naqueles que acabam sempre por sobreviverem às chacinas que se sucedem? Dá dó deste povo, pois a filosofia existencial ao longo dos séculos e séculos leva ao já conhecido "Se correr o bicho pega. Se parar o bicho come!". Dá dó, pois aquilo que lhes resta após o domínio pela força é a arrogância de se achar poderoso e dominador, enquanto na verdade não deixa de ser um povo acuado pela insegurança e pelo medo diante do inimigo forjado no ódio de uma filosofia beligerante eterna. Sim, dá dó, pois haverá sempre tropeços naqueles que buscam como solução "explodir aquilo que entendem como problema". O ódio leva ao ódio. A violência leva à violência. O medo leva ao medo. A morte leva à morte. Dá dó quando, ao se colocar o amor como solução, vê-se uma expressão incrédula e um sorriso cínico como reação. Amor, que amor? Isso não existe. Nunca existiu! E por não existir também não existirá solução. Por mais armas que tenha, por mais bombas que exploda, por mais baixas que provoque no inimigo, por mais domínio que exerça, será sempre um povo acuado pelo medo e pela insegurança. JoYa

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