quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Mensagens subliminares

Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016.
Fernando Henrique Cardoso e Miriam Dutra
Mensagem subliminar é um conteúdo dissimulado, uma mensagem visual ou auditiva escondida, mas que atua no subconsciente do receptor. De conteúdo implícito, tem um objetivo predefinido e normalmente é usada sutilmente para incentivar algum tipo de comportamento e/ou entendimento. Foi o que senti hoje ao ouvir a notícia do envolvimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com a jornalista Miriam Dutra, ex-Globo. Não tendo mais como esconder o fato, sobrou ao ex-presidente e a quem tenta preservar sua imagem, não somente assumi-lo em público como contar sua versão. O que me chamou particular atenção foi a maneira como a notícia foi divulgada hoje na Globo ao insistir que mesmo com o exame de DNA ter dado negativo para a paternidade, FHC havia feito questão de tratar o filho da jornalista como se fosse seu. O que fica na memória de quem ouviu a notícia?
- Puxa o filho não era dele e ele o assumiu como se fosse. Que atitude digna! Não é mesmo?
Só que há algumas coisas que precisam ser enfatizadas: 
Quem não deve não deveria temer. A jornalista foi impedida de vir ao Brasil pela família Magalhães, quando FHC ainda era presidente. Outro fato. Na época do affair entre FHC e a jornalista (1985-1991), este era casado, portanto ele traia a confiança de sua esposa à época, a primeira dama dona Ruth Cardoso. No jogo político é arma para os adversários que geralmente lembram que quem trai a esposa, pode cometer outros tipos de traição. 
Outro fato que me chamou a atenção foi a certeza da mãe, a jornalista Miriam Dutra sobre a paternidade de FHC (mesmo não se importando em tirar vantagem sobre isto), ao receber com “estranheza” o resultado do DNA, afinal “toda mulher sabe quem é o pai!”, disse. Miriam Dutra fez questão ainda de lembrar que Fernando Henrique Cardoso tem contas no exterior, ao mesmo tempo em que questiona: Por que nunca ninguém as investigou. A jornalista revela ainda que em 2015 o ex-presidente deu a Tomás (o filho cujo DNA deu negativo) um apartamento de 200 mil euros. E indaga: Alguém daria um apartamento neste valor se o filho não fosse verdadeiramente seu? 
Estas são também algumas das mensagens subliminares que, na minha opinião, me revelaram um FHC diferente daquele que a mídia (Globo) procura enfatizar: Um homem comum, sujeito a erros como qualquer outro, mas colocá-lo subliminarmente como o bondoso cidadão que assumiu a paternidade mesmo sem ser o pai é demais. JoYa


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