quarta-feira, 23 de março de 2011

Porque só os apadrinhados e políticos influentes?


Quarta-feira, 23 de março de 2011
Deputado Leonaldo Paranhos
O deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC) anunciou ontem que vai pedir que o Ministério Público entre com uma representação na Justiça para cancelar as multas aplicadas pela Consilux, empresa que operava radares e lombadas eletrônicas em Curitiba. O pedido é baseado nas denúncias segundo as quais a empresa manipulava licitações e “apagava” multas de políticos e apadrinhados na Capital. Paranhos quer que o MP também peça o cancelamento das multas ainda não pagas de todos os autuados, e os pontos registrados nas carteiras dos motoristas por conta das autuações.
 
A Consilux operava até semana passada 119 radares e 50 lombadas eletrônicas em Curitiba, com um registro médio diário de cerca de 2.700 multas. O contrato foi suspenso pela prefeitura depois que o Fantástico, da Rede Globo, exigiu gravações nas quais o então diretor comercial da empresa, Heterley Richter Júnior, confessava que a empresa oferecia propina de 5% para obter contratos com órgãos públicos para a operação de radares e outros equipamentos eletrônicos de fiscalização do trânsito. Nas mesmas gravações, ele confirmava ainda a possibilidade de anulação e sumiço de imagens de infrações envolvendo políticos e apadrinhados, afirmando inclusive que a Consilux já teria feito isso em Curitiba. 

O deputado também rebateu o argumento segundo a qual o diretor que deu essas declarações já teria sido desautorizado e demitido pela Consilux. Segundo ele, Heterley Richter Júnior não era apenas um simples funcionário, mas seria na verdade um sócio da empresa. Autor de um pedido de abertura de uma Comissão Especial de Investigação para apurar essas denúncias, Paranhos aguarda apenas a indicação dos líderes partidários para iniciar os trabalhos.

A comissão de Transportes da Assembleia também decidiu convocar o dono da Consilux, Aldo Vendramin, para depor na próxima segunda-feira. E na sequência, deve convocar o próprio Heterley Richter para falar sobre o caso.(Bem Paraná)

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