segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brasil avalia se apoiará rebeldes na Líbia, diz Itamaraty


Segunda-feira, 22 de agosto de 2011.
O governo brasileiro avalia se muda de posição e passa a apoiar Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político dos rebeldes líbios, informou nesta segunda-feira (22) o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes. De acordo com ele, o Ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, está em “consulta” com a Liga Árabe, a União Africana, Índia e China para decidir se anuncia oficialmente apoio aos que se opõem ao regime do ditador Muhammar Kadhafi. Segundo Nunes, a decisão da Liga Árabe de apoiar rebeldes líbios vai influenciar a posição do Brasil. "Isso não significa que automaticamente nós reconheceremos. É um elemento importante, mas não é o único. Continuaremos nossas consultas”, ponderou.
A Líbia está em guerra civil desde fevereiro deste ano, quando forças rebeldes iniciaram protestos para exigir a saída de Kadhafi. Nesta segunda, franco-atiradores do governo líbio resistem ao avanço dos rebeldes que chegaram ao coração da capital, Trípoli, e foram ovacionados por multidões que celebravam o fim iminente dos 42 anos do regime. Nesta sexta, Patriota conversou por telefone com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, que adiantou a “tendência” da Liga Árabe de apoiar os rebeldes. O ministro também tratou dos conflitos na Líbia com o chanceler da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane.
“Ainda vamos fazer consultas com Índia e China”, disse Tovar. Após mais de seis meses de combates, os rebeldes da Líbia chegaram finalmente, neste domingo, à capital, Trípoli, último reduto das tropas fiéis ao coronel Kadhafi. O embaixador da Líbia no Brasil disse que não tem informações sobre o paradeiro de Kadhafi. Já os Estados Unidos acreditam que ele ainda esteja na Líbia, mas há boatos de que tenha saído do país. Três filhos do ditador teriam sido capturados, segundo o Conselho Rebelde. Um deles, Mohammed, teria sido libertado por tropas leais ao governo, segundo a Al Jazeera. Mas o paradeiro do coronel continua desconhecido pelos rebeldes. O Pentágono disse acreditar que o ditador ainda está em território líbio.
Reunião da ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou nesta segunda uma reunião de cúpula para discutir a situação da Líbia. Devem participar líderes da União Africana, da Liga Árabe e de outros óigãos regionais. O encontro deve ocorrer na quinta ou na sexta-feira. Ele também ofereceu ajuda da ONU para a iminente transição pós-Kadhafi no país, um dia depois de as forças rebeldes terem tomado a maior parte da capital, Trípoli. "A comunidade internacional continuará fazendo sua parte para proteger os civis de danos", disse em entrevista. (G1)

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