segunda-feira, 23 de abril de 2012

Esselentíssimo Juiz


Segunda-feira, 23 de abril de 2012.
Quanto mais alto o vôo, maior o tombo
Li no Facebook hoje e achei muito interessante. Antes, quero lembrar duas situações quem têm a ver com o conteúdo lido. A primeira: “não é por que um burro tem um rabo maior ou menor que o outro deixa de ser burro”. A segunda veio do meu querido Paulo Freire: “ninguém é tão inteligente que não tenha o que aprender e nem tão ignorante que não tenha o que ensinar”.
Vamos ao conteúdo do Face:
A quem ainda espera por uma morosa decisão judicial, como esperei para ter uma correção de execução que levou 2 anos num tribunal especial que deveria ser o mais rápido...
Ao transitar pelos corredores do Tribunal, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
- Olhe só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha da petição lia-se: "Esselentíssimo Juiz". Gargalhando, o magistrado lhe perguntou :
- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
- Ora, meu caro, acaso não sabe como se escreve a palavra excelentíssimo?
Então explicou o catedrático:
- Acho que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. No entanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer: "Esse lentíssimo juiz".
Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz", sem antes perguntar:
- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?
Boa, muito boa essa. Valeu!

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