sexta-feira, 27 de julho de 2012

Natal do HSBC não é tão feliz para as crianças do coral, segundo Ministério Público

Sexta-feira, 27 de julho de 2012.

Está certo que essa denúncia ainda carece de investigação, mas se for verdadeira cai por terra toda a beleza cênica das apresentações do coral do HSBC, já tradicionais no Natal curitibano. É preciso uma atenção especial quando se lida com crianças. O tratamento deve ser cuidadoso e diferenciado. Uma instituição como o HSBC deveria saber disso. São pequenos ajustes que devem ocorrer para que também as crianças acabem não sendo prejudicadas. Creio que a interferência do Ministério Público é válida, mas é preciso que as crianças não sejam retiradas da participação no Coral por conta dessa situação de fácil resolução. Há que se lamentar apenas que, se as denúncias forem verdadeiras, uma instituição como o HSBC se prestar a esse papel. É aquela velha estória: "Nem tudo que reluz é ouro!"

A notícia
O Mistério Público do Trabalho (MPT) investiga as apresentações do Coral do HSBC no Palácio Avenida, durante as apresentações natalinas, realizadas há 21 anos no Palácio Avenida, em Curitiba. De acordo com a procuradora do MPT, Margaret Matos de Carvalho, educadores dos abrigos onde as crianças vivem denunciaram excesso de carga horária durante os ensaios e as apresentações, que reúnem milhares de pessoas em dezembro.
“É normal, principalmente em dias próximos às apresentações, as crianças serem recolhidas às 15h e retornarem ao abrigo às 23h”, comenta a procuradora em entrevista à Gazeta do Povo.
Segundo a procuradora, o ideal é que as crianças estejam de volta aos abrigos, no máximo, até às 22h do dia e que sejam determinadas cargas horárias diferentes para cada faixa etária e função no ensaio. Ainda de acordo com a procuradora, as crianças têm, durante o período de ensaios, apenas uma refeição rápida e em condições inadequadas para a alimentação. As investigações, que começaram no ano passado, apontaram também que há uma relação de trabalho entre o banco e as crianças. O órgão já fez várias reuniões com os representantes do Banco HSBC, responsável pelo coral, mas ainda não chegaram a um acordo sobre como vai ser o espetáculo deste ano e se as crianças vão participar das apresentações. De acordo com a procuradora, só haverá espetáculo se a empresa cumprir algumas recomendações.

Versão do banco
Por meio da assessoria de imprensa, o banco HSBC diz que desde 2011 já estuda e adota medidas do MPT e do MTE que envolvem ajustes na carga horária e nos horários de refeição das crianças. Sobre a suposta exploração do trabalho infantil, o banco disse que há 11 anos desenvolve projetos sociais e educacionais com as crianças do coral e o tempo em que elas ficam fora dos abrigos não envolve qualquer tipo de trabalho. Sobre o pagamento de salário mínimo por mês às crianças, o banco informa que entende que as apresentações e ensaios são apenas manifestações artísticas e não como um trabalho infantil. Portanto, segundo a assessoria, não há pagamento de salários às crianças. O HSBC ainda diz que segue as normas e o aval da Vara da Infância e da Adolescência de Curitiba. (Gazeta do Povo)

4 comentários:

São comentários infundados de quem nunca viu olhinhos mais brilhantes que o ceu..quando aquelas janelas se abrem... sou anjo e sei o que digo...

Cely, a notícia envolve o Ministério Público. É um órgão sério e preocupado com a defesa das pessoas. O assunto está sendo tratado em nível de denúncia. Como disse em meu comentário, que as criançãs não sejam prejudicadas pelo excesso de zelo de uma das partes e pela incompreensão da outra. A apuração dos fatos é necessária, pois envolve crianças. Isso é uma questão muito séria. Agora, que não sobre para as crianças, Nisso estou com vocè e não abro. Obrigado pelo retorno. É importante a manifestação das pessoas que de alguma forma estão envolvidas mais diretamente com aquelas belíssimas apresentações que tanto enriquecem o nosso Natal.

Tô com vc Cely, participo como anjo no coral há anos, todas são tratadas com muito carinho e respeito, infelizmente só tem esta percepção quem está com estas crianças e sabe do trabalho e do suporte que é dado por toda a equipe de apoio. As crianças esperam o ano todo para serem as estrelas, o centro das atenções e prá ter uma pessoa que dê atenção exclusiva por alguns momentos, já que prá quem não sabe a maioria das crianças mora em instituições com pais e mães sociais e as vezes mais 8 irmãos, com quem precisam dividir a atenção e tudo mais.
O MP deveria conversar também com as crianças que já passaram pelo coral e hj são pessoas dignas e voltam para trabalhar como voluntários cuidando dos pequenos.
Desculpe pelo desabafo, mas prá quem espera o ano todo pra ver aqueles olhos brilhando, é lamentável pensar na possibilidade dele não existir mais...

pela grande indignação aqui fica minha revolta, com tamanha
palhaçada do ministério publico, são por estes tipos de ações que o nosso pais está repleto de traficantes, drogados, assaltantes, bandidos entre outros, porque a criança não tem oportunidade de fazer algo que a realize apoiada por um banco, empresa ou outro qualquer afazer que
lhe dê visão de um sonho do bem. porque o ministerio publico e ministerio do trabalho não dá a estas crianças
educação, cultura, ensino, roupas, comida, até mesmo um dia feliz levando-as passear no parque, uma festa de aniverssario, festa de natal, festa do dia das crianças,
etc. é que os promotores tem muitas coisas à fazer com
tirar 3 meses de férias por ano, um bom salario, sem contar que para tais departamentos não interessa os menos
favorecidos a não ser para os prejudicar, deveriam conversar com as crianças para ouvir seus propósitos, se
são mal tratados, em fim quando não se tem o que fazer se
procura algo nem que seja para prejudicar alguem.
perdão pelo desabafo, mas enquanto alguns procuram fazer
de Curitiba uma cidade maravilhosa outros tentam denegrir
a imagem de nossa linda cidade. seria muito bom se tais
pessoas fizessem algo para deixar nossos natais mais belos.

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