segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ninguém é insubstituível


Segunda-feira, 23 de julho de 2012.

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua
equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de
cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o
atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio…
O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e
achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em
descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os
profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só
encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu
Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha?
Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado?
Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…
O rapaz fez uma pausa e continuou:
- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o
que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto,
mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua
contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não
estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e
começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar
no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus
'erros ou deficiências'?
Nova pausa e prosseguiu:
- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO,
se PICASSO ERA INSTÁVEL, CAYMMI PREGUIÇOSO, KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS
PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias,
obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de
seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre
a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA
MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu
projeto.
Divagando o assunto, o rapaz continuava.
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as
fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de ‘técnico de
futebol’, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert
Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na
gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.
Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo.
Volto a dizer nesses termos:
- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios
seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem
mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças… E nunca me
esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões que 'foi pra outras moradas'.
Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou
menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão
Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:…NINGUÉM! Pois nosso Zaca é
insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.
Conclusão:
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso
fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o
pouco que posso.”
Portanto nunca esqueça: você é um talento único. Com toda a certeza, ninguém o substituirá. É bom para refletir e se valorizar:
"NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É E OUTRAS QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO. ACOSTUME-SE A ISSO, COM MUITA PAZ DE ESPÍRITO.”



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