terça-feira, 9 de outubro de 2012

A “boca” do Ibope



Terça-feira, 09 de outubro de 2012.

Pesquisa séria segue critérios técnicos e científicos
Pesquisa eleitoral é uma questão muito séria. Nem tanto no Brasil. Sim, eu particularmente acredito em pesquisa. Notada e pontualmente quando são seguidos padrões absolutamente técnicos e científicos. No Brasil há poucos institutos que seguem seriamente esses critérios ao ponto de merecer a confiança dos analistas políticos. De parte dos candidatos sempre a descrença quando lhes é desfavorável e a euforia quando os números agradam. É tudo igual. Só muda o endereço. Agora, há que se lamentar quando o poder econômico ou político se utiliza de pesquisas duvidosas para maquiar a realidade e, assim buscar num determinado período influenciar os indecisos despolitizados que não desejam “perder o voto”. A divulgação desses números obedece um período estratégico que não ultrapassa a semana imediatamente anterior à data da eleição. A partir daí os números começam a se adequar à realidade. Quem se envolve em campanhas sabe do que estou escrevendo. Já vi de tudo a respeito. Na verdade pensava ter visto. Um instituto confiável e historicamente participativo na vida nacional, o Ibope errou feio aqui em Curitiba em uma pesquisa que costumeiramente não se costuma errar: o “Boca de Urna”. Trata-se de uma pesquisa normal, só que feita no dia das eleições. Logo não determina a intenção de voto dos eleitores, mas sim efetivamente em quem os eleitores votaram ou estão prestes a votar. Daí o nome. É a pesquisa mais próxima do real que existe. A Rede Globo se utiliza desta pesquisa para anunciar ao país os resultados, segundo o conceituado instituto. Tão logo terminou a votação, sob o comando de William Bonner, a Globo anunciava a pesquisa “Boca de Urna” do Ibope, em Curitiba:

Em primeiro, Ratinho Jr. – 34% - com margem de erro oscilando entre 36 e 32 por cento;
Em segundo, Luciano Ducci – 29% - com margem de erro oscilando entre 31 e 27 por cento;
Em terceiro, portanto fora do segundo turno, Gustavo Fruet – 24% - com margem de erro entre 26 e 22 por cento.

RESULTADO REAL, SEGUNDO O TSE

Em primeiro, Ratinho Junior, do PSC – 34, 07 por cento (acerto)

O erro veio a seguir...

Em segundo, Gustavo Fruet, do PDT – 27, 24 por cento (fora da margem de erro)
Em terceiro, Luciano Ducci, do PSB – 26,76 por cento (também fora da margem de erro)
Brancos e Nulos 8,55 por cento.

* A inversão de resultado do segundo colocado foi um erro lamentável. A margem de erro geralmente livra a cara dos institutos. Mas, não foi desta vez. Por mais que o Ibope explique, jamais conseguirá justificar. Como diz a velha máxima: “Contra fatos não há argumentos!”. 
Os números não mentem. Será?

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