segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Afinal, a PM é ou não responsável pela segurança do torcedor nos estádios?

Segunda-feira, 09 de dezembro de 2013.

Momento da pancadaria em Joinville neste domingo
 (Foto: Geraldo Bubniak / Agência Estado


Nesta segunda-feira, o principal assunto em relação a ultima rodada do campeonato brasileiro de futebol é extra-campo. A briga entre torcidas organizadas de Vasco e Atlético na partida que rebaixou o primeiro e classificou o segundo para a Libertadores do ano que vem ocupa as principais manchetes dos jornais. A pergunta que faço neste momento: Afinal, a Polícia Militar tem ou não responsabilidade pela segurança dos cidadãos que frequentam estádios de futebol? Eu penso que sim, mas há aqueles que não concordam com a convocação de policiais militares, funcionários públicos, para evento privado. Há, no entanto, outros que defendem a sua participação, pois se trata da segurança dos cidadãos, que é, enfim a essência de sua função. Não importa o lugar, desde que o evento possa impor alguma forma de risco à integridade do cidadão, a PM deve intervir, sim! No mínimo fazer a vistoria das exigências necessárias para a segurança. Se não houver, por exemplo número suficiente de seguranças particulares contratados, a realização do jogo não é liberada. O que vejo hoje é de uma revolta total. Tanto pela postura do promotor catarinense que defende a tese de que a Polícia não deve participar da segurança das pessoas em um evento particular, quanto do comandante local da polícia, se eximindo da responsabilidade, pois atendeu a uma sugestão (sugestão ainda, pois a negativa só é valida a partir de 2014) devido a interferência do MP-SC. Os dois preferem jogar a culpa somente nos promotores do evento, no caso o Clube Atlético Paranaense. Mas uma declaração do comandante do policiamento me chamou a atenção: caso fosse de responsabilidade da PM ele escalaria o mesmo número dos seguranças contratados. Isto ficou escancaradamente comprovado ter sido insuficiente no jogo deste domingo devido ao nervosismo que cercava a última rodada do campeonato, com o risco de queda de uma das equipes. Marginais há em qualquer torcida, infelizmente. Por isso é que o assunto, independente das punições que advirão, deve ser tratado de uma forma geral. Se serve para um Estado, deve servir para o outro. 
Willian Batista sofreu fratura craniana, mas seu estado nesta
segunda é estável 
(Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)
Eu sou da opinião de que a Polícia Militar deve ter uma participação estratégica quanto à segurança de qualquer evento que envolva a presença de cidadãos. Estratégica. A responsabilidade pela segurança de um evento particular deve ser de quem promove, mas com a participação do agente público que tem especialização para tal. Faz-se a vistoria geral de local e do número de profissionais contratados e aí decide se libera ou não. Sempre com o necessário acompanhamento de um agente do MP, que enfim, fiscalizará a atuação do agente público, inibindo qualquer ato de corrupção que leve à que se faça vistas grossas para uma medida essencial de segurança. São pessoas do povo que acorrem a esse tipo de evento. Cidadãos que pagam seus impostos e que merecem da autoridade pública um zelo maior por sua segurança. Afinal, não é um favor pois pagam por ela! Já os envolvidos na confusão devem ser identificados e banidos das praças esportivas, a começar pelas organizadas. JoYa

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More