sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Laços e nós

Sexta-feira, 13 de dezembro de 2013.

"Quando o amor vira nó, já deixou de ser laço"
O sentimento de amor evolui na mesma proporção do amadurecimento da relação e das pessoas envolvidas. Não existe amor perfeito, assim como não existe pessoa perfeita. Mas, aí é que está o desafio: partir da consciência de que juntos, ajudando-se mutuamente, o casal tenderá a evoluir sua relação até o fim dos dias de cada um. A evolução do ser é uma conquista pessoal que pode ser oferecida à evolução da própria relação. Isso é a essência do verdadeiro amor. As demais vêm em segundo plano, embora sejam também essenciais para uma vida onde a felicidade de um é fluído para a do outro. O poeta Mário Quintana, embora não tenha casado definiu bem a situação vivida por muitos casais quando se tornam vítimas das amarras da equivocada postura de “posse sobre o outro”: “O amor não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço”. Relacionamento não exige "casamento", mas impõe ao nobre sentimento que denominamos “amor”, a sua essência. E amor é a especialidade dos poetas. Todo poeta, assim como Quintana, possui uma sensibilidade natural para observar os sentimentos dos outros como se seus fossem. Daí sua criação extrapolar o entendimento que o costume social impõe aos demais. Quintana é um exemplo disso. Ele pode até não ter casado, mas sua alma de poeta "casou" sim, com o sentimento de todos os que, apaixonados entregaram e entregam-se ao envolvente sentimento protagonizado pelo amor. “Entre versos e rimas a poesia pinta corações entrelaçados, pois enamorados, ou decepados pelo sufoco da sensação equivocada de posse, que transforma o amor em nó, pois quando isto ocorre já deixou de ser laço” JoYa

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