segunda-feira, 21 de abril de 2014

Nossa equivocada e ansiosa solicitude pela vida

Segunda-feira, 21 de abril de 2014.

Neste fim de semana uma imagem me levou a refletir sobre esta mensagem bíblica: A ansiosa solicitude pela vida (MT. 6.25 a 33 ). Foi quando acompanhava o jogo entre Atlético Mineiro e Corinthians, pelo campeonato brasileiro de futebol. Num determinado momento do jogo, a Bandeirantes sobrepôs à imagem da partida, outra que mostrava o caixão onde estavam os restos mortais do conhecido e admirado narrador esportivo Luciano do Valle, 
Luciano do Valle foi sepultado no exato momento em que,
se estivesse vivo, estaria narrando a mais um jogo em sua 

carreira. A imagem de seu sepultamento foi sobreposta à 
do jogo, na Rede Bandeirantes de Televisão
morto na véspera. O caixão já se encontrava no interior da sepultura, ainda aberta. Luciano começou a passar mal no interior do avião que o levava para a cidade mineira de Uberlânda, onde aconteceria a partida e morreu quando era socorrido no Hospital daquela cidade. Ficou marcante naquela imagem o conteúdo da mensagem bíblica: a falibilidade de nossos projetos. Quem poderia imaginar, nem ele mesmo, que no evento para o qual havia sido escalado para transmitir, outro colega estaria narrando a cena do seu caixão baixando sepultura com som e imagem sendo levados para todo o Brasil. Vivemos como se fôssemos eternos. Na verdade aqui é apenas uma passagem e muito rápida, por sinal. Não controlamos a vinda e muito menos temos controle de quando partimos. O que assombra é que mesmo sabendo disso, não valorizamos o intervalo entre um acontecimento e outro chamado vida. Por nos achar "eternos" desperdiçamos tempo precioso mais focados no "ter" do que no "ser". Fecho esta reflexão com uma máxima muito conhecida, mas que vale para que marquemos uma reflexão pontual a respeito: "O que se leva desta vida, senão a vida que se leva". JoYa

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