sábado, 26 de julho de 2014

O que levamos no coração. Isso é o que importa

Sábado, 26 de julho de 2014.

"Não  me  julgue somente pela minha aparência, mas também por
minhas atitudes. São elas que vão comprovar o quão diferenciado
eu  posso ser daquela pessoa que você achava que eu era"
JoYa
Há alguns anos tive uma experiência única que definitivamente me fez entender o alerta do poeta francês Jean de La Fontaine quando aconselhava que "ao longo de nossa vida temos que ter cuidado para não julgar as pessoas pelas aparências". Todos os dias, ao ir para o trabalho parava em um determinado sinaleiro e aparecia um senhor para pedir esmola. Quando percebia que ele se aproximava do veículo fechava as vidraças e a minha expressão também. Confesso que quando o fato acontecia me irritava. Devido ao insulfilm ele não conseguia me enxergar. Felizmente. Próximo ao local há uma lanchonete bem conhecida no mercado. Depois de algum tempo coincidiu de ter de parar ali para fazer um lanche. Da mesa pude perceber aquele senhor pacientemente ir de carro em carro pedir uma ajudazinha. Para minha surpresa, ele de repente saiu daquela esquina e se encaminhou a um mercado que ficava nas proximidades. Algum tempo depois apareceu com uma certa quantidade de pão, salame e leite colocados em sacolas de plásticos. Fiquei a observá-lo. Uns cem metros da esquina havia um grupo de pessoas e alguns animais. Eram pessoas idosas e alguns cachorros de rua. Ele simplesmente alimentava a todos com carinho e atenção. Pensei primeiro que eram parentes dele. Ao sair, curioso fui lá e perguntei. Não, não eram parentes. Eram pessoas necessitadas que o pedinte havia conhecido naquele dia, as quais se dispôs a ajudar do jeito que podia. Ele fazia isso todos os dias. O grupo nunca era o mesmo. Alguns partiam enquanto outros chegavam, a grande maioria do interior, assim como o pedinte. O local é próximo da Rodoferroviária. A pratica da caridade é um atributo de poucos. Quem pratica a caridade, verdadeiramente são pessoas ricas. Senti-me empobrecido naquele momento. Sim, pobre pelo preconceito e pela indisposição de abrir meu coração para a necessidade do próximo. Entendi o ensinamento que recebi como benção de Deus: Não importa o destino das coisas que damos. A nossa parte é ajudar. Fazer o bem, sem olhar a quem. Hoje aquele senhor não está mais lá, mas seu ensinamento ficou para sempre em meu coração. Talvez tenha sido um anjo que na prática me ensinou o valor da caridade e o cuidado que temos de ter com conceitos e preconceitos lançados em função das aparências. O que importa mesmo é o que levamos no coração. JoYa

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