sábado, 23 de agosto de 2014

O tempo não será cúmplice da impunidade

Sábado, 23 de agosto de 2014.
Se depender de nós da família Yared, o tempo não será cúmplice da impunidade. O vídeo que pode ser acessado logo abaixo nesta postagem foi gravado pela minha cunhada Christiane Yared quando da passagem dos "quatro anos" da morte de seu filho Gilmar Rafael. Hoje, "mais de cinco anos se passaram" e o caso ainda não foi à julgamento. Mérito da defesa do acusado? Não somente. Demérito do sistema processual penal brasileiro que amarra a intenção de levar um delito de trânsito com morte a julgamento. Não é possível admitir que um caso desses não vá a julgamento por entraves legais previstos pelo sistema processual. Não é uma questão de o acusado ser rico ou ser pobre. A questão principal é que quando se tem um direcionamento baseado no notório saber processual, questões de ordem são legalmente levantadas e o processo não anda. Desde a morte de meu sobrinho Gilmar Rafael Yared e de seu amigo Carlos Murilo, até hoje, mais de trezentas mil pessoas perderam a vida no trânsito brasileiro. Em estradas e em vias urbanas. Como se não bastasse, uma multidão de sequelados lotam os leitos hospitalares: De cada dez leitos, sete são ocupados por acidentados. Não é exagero não: O Brasil possui quarenta milhões de sequelados, vítimas de acidentes de trânsito. Quem está envolvido com esta questão sabe: Sem fechar as brechas existentes na atual legislação penal do trânsito e no próprio sistema processual penal, no Congresso Nacional, em Brasília, nada muda neste sombrio quadro caótico protagonizado principalmente pela sensação de impunidade que permeia em todo o país. Baseado nesta realidade é que Christiane Yared lança-se à uma vaga na Câmara Federal. Espero de coração que seja eleita. Pelo bem de todos que quando saem de suas casas tenham o direito de retornar, com vida e sem sequelas. JoYa

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