sábado, 7 de março de 2015

Caso Carli Filho: o terceiro elemento

Sábado, 07 de março de 2015.
"A sensação de injustiça doe tanto quanto a perda de um ente querido
na tragédia do trânsito. No caso Carli Filho este é o elemento que deve
ser levado em consideração, após quase seis anos do fato, sem que a
Justiça possa levar o acusado a julgamento"
JoYa
Há cerca de seis anos a sociedade indaga sobre quem seria o terceiro elemento que estaria envolvido no racha ou na perseguição que motivaria o ex-deputado a empreender uma velocidade inimaginável a uma via urbana (mais de 167 km/h). Quais as razões e o poder que levariam a efeito o suprimento das imagens dos radares instalados por onde o veículo e/ou os veículos passaram? Por um instante substituamos este terceiro elemento (existe o quarto também) por algo que imputo mais grave à sociedade do que saber o que muitos já imaginam quem seja. O foco principal desta tragédia é a forma legalizada como que o processo atravessas os anos e não consegue levar à julgamento o acusado da morte de duas pessoas. Esta é a verdadeira tragédia. É quando a Justiça não consegue levar a termo aquilo para a qual foi criada: o julgamento. Ela, a Justiça, deveria estar acima de tudo e de todos, mas neste caso está provado que, na prática, não é isso que ocorre. Vejo, portanto, a sociedade à mercê deste pernicioso terceiro elemento: A influência do poder econômico e político sobre o trâmite processual, cujas normas estão lá no Código de Processo Penal brasileiro para serem utilizadas sem que sejam ilegais, embora imorais. Este é o verdadeiro flagelo e deve ser contra ele que as atenções precisam estar voltadas. Este é o elemento que impõe a todos a dor e a sensação de injustiça, tão atroz quanto a perda de um ente querido na guerra insensata e cruel do trânsito. JoYa

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