terça-feira, 3 de março de 2015

Quando o ensino é ministrado fora das escolas

Terça-feira, 03 de março de 2015.
Professores unidos pressionam governo a levar à sério sua pauta de reivindicações
Penso que a maior lição é aquela que se aprende pela observação e constatação de um conteúdo proposto de forma convincente. Hoje, os professores públicos paranaenses, obrigados pelas circunstâncias, tiveram de sair de seus locais de trabalho para ensinar aos demais colegas do funcionalismo como se organiza um movimento por melhores condições de trabalho e como brecar um poder que imaginava controlador do sistema despótico que o inspirou e imaginou dar sequência. Embora o legislativo tenha como sua principal prerrogativa criar leis e dar sustentação ou não aos atos propostos pelo executivo, cabe a esses dois uma satisfação a quem os conduziu à representatividade nessas instituições. Vivemos ou não em um regime democrático onde o poder emana do povo e por ele é exercido? A lição que os professores têm dado não só aos demais colegas do funcionalismo, mas também à população em geral é de que, embora no poder, quem o exerce deve sim dar satisfação de suas decisões e ações ao conjunto da população. Eles, os poderes executivo e legislativo, não devem jamais achar de forma equivocada que estão acima de tudo e/ou de todos. 
Curitiba, 25 de fevereiro: Professores ensinam fora da escola que a união
fortalece a causa do movimento popular
Faço aqui um apelo aos demais funcionários públicos do Estado para que se unam aos professores nos assuntos que dizem respeito ao conjunto do funcionalismo. Não os deixem sozinhos nesta hora. A união sempre fará a força e o movimento que hoje se fortalece a cada dia precisa se fortalecer ainda mais, pois as instituições, por enquanto estão, equivocadamente investindo na judicialização e ilegalidade de um movimento que desde o princípio se apresenta justo, pois reivindica nada mais do que justiça e condições de trabalho. Que todos possam assimilar esses ensinamentos que os professores ministram fora de seu reduto de trabalho. São lições fundamentais para maturar um sistema democrático viciado e contemplador da corrupção e de uma analógica, infeliz e falsa sensação de que vivemos, em pleno século 21, em um malfadado regime de castas. Para fechar um aviso: Na assembléia de amanhã, a tendência é de que a greve dos professores deva continuar. Espero, sinceramente, que na continuidade, esse movimento seja mais e mais fortalecido por aqueles que, assim como os professores, são pagos para servir ao povo do Paraná. Mas, antes de tudo precisam de condições fundamentais para exercer com qualidade esta obrigação. É exatamente para isto que lutam os professores. Deve ser por isto que os demais funcionários públicos devem se unir, nesta hora, aos professores que, repito, dão a todos uma verdadeira lição de cidadania, lição esta que pontua a luta por direitos inalienáveis e inquestionáveis. JoYa

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