terça-feira, 24 de maio de 2016

Politização, única saída

Terça-feira, 24 de maio de 2016.
“Educar politicamente o povo é a única saída para se construir as bases
de um sistema democrático altamente representativo das heterogêneas
camadas sociais da população brasileira" JoYa
Educar politicamente o povo é a única saída para se construir as bases de um sistema democrático altamente representativo das heterogêneas camadas sociais da população brasileira. Como imaginar que um sistema democrático dê certo sem um povo politizado? A democracia faz o povo soberano para escolher seu destino. Assim o faz ao escolher seus representantes nas diversas esferas dos poderes legislativo e executivo. É público e notório, e a história comprova isto, que o povo brasileiro, na sua grande maioria, não tem estrutura educacional para oferecer um mínimo de politização aos seus eleitores. Esta realidade ficou demonstrada recentemente durante a votação do impeachment da presidente Dilma, na Câmara dos Deputados. O que se viu ali foi um show de horrores.
- Como forjar eleitores conscientes de sua responsabilidade sem educação política?
A trágica realidade é que hoje não há na grade curricular do ensino básico um conteúdo neste sentido. O resultado prático é se certificar que não há um partido sequer isento de denúncias de corrupção e os partidos, na verdade, são o reflexo daqueles que os organizam e os representam. Político brasileiro algum cai de paraquedas de um planeta que não seja a Terra e de um país chamado Brasil. São forjados da sua própria sociedade à mercê de um sistema altamente contaminante e vicioso. Poucos é que se salvam e, caso queiram realizar algo para suas comunidades ou "compõem", ou são alijados. Triste sina. Hoje testemunhamos um golpe em andamento no Brasil visando a retirada de uma presidente que, reeleita por 54 milhões, 501 mil e 118 votos, não cometeu crime de responsabilidade que leve ao seu impeachment. Todos os motivos e apoios elencados para justificar o golpe demonstram nossa fragilidade diante dos valores estritamente democráticos. São ações que preocupam, pois estabelecidas pela nata da política nacional e, pior, por outros não menos importantes representantes do próprio Poder Judiciário, escolhidos via influência de detentores do poder político. Se não politizarmos os eleitores estaremos empurrando o problema com a barriga pois o seis será inapelavelmente trocado pelo meia dúzia. JoYa

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