terça-feira, 7 de junho de 2016

Tragicômico

Terça-feira, 07 de junho de 2016.
Crise política brasileira leva o embate a outra esfera de poder
A Procuradoria Geral da República pede ao STF a prisão de 4 políticos brasileiros poderosos:
1- a do ex-presidente José Sarney;
2 - a do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha;
3 - a do presidente do Senado Renan Calheiros e
4 - a do ex-ministro do Planejamento de Temer (aquele que foi sem nunca ter sido), o senador Romero Jucá,
sob a acusação de estarem direta ou indiretamente prejudicando as investigações da Operação Lava Jato. Até aí, tudo bem. O pedido não quer dizer necessariamente que as prisões devam ocorrer.
Primeiro o STF vai ter que decidir se aceita o pedido de Rodrigo Janot ou não. Caso aceite, as prisões ainda só serão levadas a efeito se o Congresso Nacional aceitar, cada qual na sua esfera de poder. Só o ex-presidente José Sarney é que não tem essa guarida, embora pela idade, 86 anos, cumpriria prisão domiciliar, com o "constrangimento" apenas da utilização da tornozeleira eletrônica.
O que considero tragicômico não é em si a tragédia da exposição da podridão no meio dos caciques de nossa política. O que me causou espanto foi a reação do juiz Gilmar Mendes, mais para político da atual situação (pois antes era oposição) do que propriamente de ministro do Supremo.
A indignação de Gilmar poderia ser mais pela conduta inapropriada dos acusados, mas não. Ele se indignou pelo fato do pedido de prisão ter sido vazado à imprensa, uma vez que deveria ser em segredo de justiça.
É o mesmo que, num crime de estupro, o juiz se ater mais ao fato do estuprado não ter usado camisinha do que propriamente à violência do ato em si.
Profundamente lamentável tudo isso! JoYa

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