quinta-feira, 7 de abril de 2011

Lula traça como meta reorganizar petistas em Minas Gerais e São Paulo. Estratégia passa pela reaproximação da legenda com a classe média


Quinta-feira, 07 de abril de 2011
Durante todo o governo, Lula queixou-se da
 incapacidade de o partido capitalizar as ações
federais e deixar que os estados comandados
 por adversários engolissem a paternidade dos
projetos estabelecidos pela gestão do PT, em
 nível federal
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que quer participar da reorganização do PT nos dois principais redutos eleitorais do PSDB: São Paulo e Minas Gerais. O afastamento do PT agravou-se depois do escândalo do mensalão, em 2005, em parte patrocinada por Lula, que usou essa estratégia para manter o capital político e não se afundar na turbulência que arrastou o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu. Agora, a intenção é usar a popularidade construída para reaproximar a legenda da classe média — o eleitorado mais ativo e influente nas campanhas paulista e mineira.
Nas classes C, D e E — as mais beneficiadas pelas políticas públicas dos últimos oito anos —, a meta é mostrar o PT como única legenda capaz de manter o legado de seu governo. A mais recente pesquisa do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que a presidente Dilma Rousseff já é identificada pela maior parte da população como a herdeira de Lula. O ex-presidente não quer que o distanciamento se mantenha na administração de Dilma.
Nos EEUU, o ex-presidente centrou o discurso na educação
 e defendeu o governo de sua sucessora dizendo que ela não
pode ser julgada pelos primeiros meses, mas pelos quatro anos
Lula até agora se manteve distante do dia a dia partidário limitando suas aparições a palestras privadas. Ontem, discursou para um Fórum de Líderes patrocinado pela Microsoft em Washington (EUA).
Em São Paulo, a primeira tarefa de Lula será uma reunião com prefeitos petistas. A meta imediata para 2012 é reconquistar a prefeitura de Santo André (SP), e tradicional reduto petista, que estava nas mãos da legenda desde 2000. A segunda é viabilizar um candidato forte na capital com chance de vitória em 2012. Os petistas avaliam que o único tucano imbatível é José Serra, que não pretende disputar a prefeitura.
Em Minas, a tarefa começa por uma harmonização das atuações da bancada federal governista com a estadual de oposição ao governador Antonio Anastasia (PSDB).  O objetivo é mostrar quais são as obras e projetos do governo federal para Minas. Em Belo Horizonte, os petistas querem que o prefeito Márcio Lacerda (PSB) rejeite uma aliança com o PSDB. Uma das iniciativas de dar mais visibilidade para projetos federais em Minas, na visão de petistas é o gabinete presidencial que será aberto em Belo Horizonte.

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