Na despedida de Neymar quem brilhou foi o Mané Garrincha

Domingo, 26 de maio de 2013. 

Estádio Nacional Mané Garrincha recebeu neste domingo evento

teste da Fifa para a Copa das Confederações (Foto/Divulgação)

Na despedida de um dos melhores jogadores que o futebol brasileiro produziu depois de Pelé (vai para o Barcelona), a atração mesmo ficou por conta do estádio Mané Garrincha, em Brasília. No empate sem gols entre Santos e Flamengo, o bom futebol exibido pelas duas equipes (apesar do empate) foi ofuscado pelo porte do estádio e pelo o grande público presente ao evento. Está certo que o futebol brasiliense não comporta um estádio como este, mas Brasília é a capital federal. No mundo do show business os espetáculos se mobilizam conforme a demanda de público que o local oferece. E Brasília provou hoje que se a atração for compatível, o gigantesco estádio se sustenta. Os números impressionam: Com capacidade para setenta e um mil expectadores, o Mané Garrincha recebeu hoje um público superior a sessenta mil e que levantou uma renda de R$ 6.948.710,00, renda esta que entra para a história como o maior valor de bilheteria do futebol brasileiro. Bom para a Federação Brasiliense de Futebol, promotora do evento. O Santos recebeu apenas oitocentos mil reais e, segundo seu presidente valor superior ao que receberia se mandasse a partida na Vila Belmiro. Está certo que foi o Flamengo quem levou esse público ao Mané Garrincha hoje. A despedida de Neymar, outra atração, sem dúvida potencializou o interesse do torcedor pelo milionário evento que reuniu duas das mais tradicionais equipes do futebol brasileiro. Os números deste domingo devem mudar a mentalidade dos dirigentes das equipes de grande torcida e que despertem o interesse dos brasilienses. Certamente que a distribuição da arrecadação deva ser mais equilibrada. Todos precisam ganhar para que se justifique investimentos do porte do Mané Garrincha, principalmente em um país com carência social gritante como o Brasil. E que o evento de Brasília mobilize, após a Copa do Mundo, os outros belos e estruturados estádios construídos segundo as severas e pontuais exigências da Fifa, a entidade máxima do futebol mundial. Ficou comprovado hoje que a despedida de Neymar foi apenas um upgrade. Quem brilhou mesmo foi o Mané Garrincha.

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