segunda-feira, 17 de março de 2014

Bêbados ao volante: Roleta russa imposta à sociedade brasileira

Segunda-feira, 17 de março de 2014.

“Um motorista bêbado, sem carteira e em alta velocidade tirou a vida de Egon
Koerner Junior (55) em um BRM na região de Ponta Grossa. Egon, natural de
Porto União, SC, morava em Florianópolis onde era Procurador Regional do
Trabalho de Santa  Santa Catarina. Enquanto nossas leis deixarem impunes
motoristas irresponsáveis e nossas autoridades de trânsito não realizarem a
segurança na saída das baladas e festas em clubes e salões tradicionais de
eventos, continuaremos a receber notícias tristes como esta.” TrilhasBR
Sábado, 15 de março de 2014. Na mesma hora em que perdia este conhecido de minha infância, estava em um casamento da filha de uma amiga. Confesso que não conhecia noventa por cento das pessoas naquele salão, porém o comportamento percebido não foi incomum, pois o vejo em todas as festas que vou. Bebidas alcoólicas (vinho, cerveja, licor) servidas à vontade. E ninguém se importando com nada. A lei sendo transgredida e a festa continuava como se nada estivesse acontecendo. Fico indignado, pois nas ramificações de minha família mesmo vejo isto. Nós da segunda geração dos Yaredes não temos por costume ingerir bebida alcoólica. Os poucos que assim o fazem, agora, depois da tragédia que se abateu sobre nós com a morte prematura do Gilmar Rafael, têm tomado o cuidado de reservar um motorista para conduzir o veículo em caso de ingerir bebida alcoólica. Eu mesmo assim procedo em caso de decidir por tomar um ou no máximo dois cálices de vinho, única exceção que faço. As demais bebidas não aprecio. Odeio cerveja. A realidade é que estamos reféns da insensatez e da imensa sensação de impunidade da grande maioria do povo brasileiro. Culpa da péssima educação e desta tragédia que é a legislação brasileira, sempre condescendente aos réus protagonistas de crimes de trânsito provocados pela embriaguez ao volante. Depois da experiência vivida pela morte de um parente, acontecimento que acabou por aguçar minha observação sobre esta triste realidade, lhes garanto: muitas vidas serão perdidas até que alguma coisa seja feita de prático diante da questão. Talvez esta geração não viva para testemunhar as mudanças estruturais em nossa legislação. Até lá, a impunidade imperará, principalmente àqueles que tiverem dinheiro para contratar bons advogados que certamente se utilizarão desta perniciosa legislação processual penal brasileira para beneficiar seus clientes. Que Deus nos ajude e nos livre dos insensatos, pois estamos como que numa roleta russa. Saímos sem a mínima certeza de que retornaremos, sãos e salvos deste verdadeiro exército de bêbados soltos em nossa sociedade. JoYa

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