segunda-feira, 7 de abril de 2014

Na essência, pura incoerência

Segunda-feira, 07 de abril de 2014.
Uma conhecida minha é enfermeira e passou um dia inteiro vacinando contra a gripe clientes de um plano de saúde. Os referidos clientes não têm nada a ver. Vivemos em um regime capitalista. Pagaram pelo serviço e têm todo o direito de recebê-lo. O que me chocou foi que ninguém do referido plano teve a sensibilidade de disponibilizar a vacina para os profissionais que a estavam aplicando. 
Cada um vacinou em torno de duzentas e trinta pessoas durante todo o dia. Receberam para isto? Sim, receberam. Mas, está aí o fato que me chocou: o benefício não deveria ser um direito de todos? Afinal não é isto que garante a Constituição? Qual a razão desta garantia estar lá em nossa Carta Magna? A princípio buscar que se faça justiça dentro de um mínimo critério de bom senso. Não é possível que o dinheiro, ou a capacidade financeira de uns os coloquem numa condição de
privilegiados dentro do sistema. Precisaria acima de tudo bom senso de parte do referido plano para disponibilizar como um gesto cristão, ao menos isso, vacina para aqueles que estavam através de seu trabalho disponibilizando a alguns poucos privilegiados, o benefício da imunização. Mais chocado fiquei quando soube que o referido plano dava assistência ao pessoal do Tribunal de Justiça. Lamentável! Minha crítica é para com o consciência capitalista que preconiza o lucro acima de tudo. Quer? Pague! A questão é que pessoas envolvidas diretamente no trabalho não têm o mesmo direito daqueles que pagaram, pois afinal o que conta mesmo não é o ser humano, muito menos seu direito à saúde, mas a grana que ele tem. Daí a selvageria de um capitalismo perverso. Verdade nua e crua. Fica aqui registrado meu lamento e meu protesto! Na essência, pura incoerência! JoYa

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