sábado, 2 de agosto de 2014

Qual seu candidato à presidência?

Sábado, 02 de agosto de 2014.

Hoje fui provocado para falar sobre os "candidatos" à presidência. Na verdade qual dos nomes colocados para a disputa este ano teria minha preferência. Em vez de citar um nome perguntei se entre aquelas pessoas da rodinha havia alguém que me pudesse falar sobre o que seria ideologia política (*). Seguiu-se um breve silêncio. Pensei: - Como discutir candidaturas dentro de um contexto político-partidário com quem desconhece a origem do assunto? 
Só respondi a eles que não voto em nomes, muito menos em partido. São fatores secundários. Aconselhei a todos que fizessem o mesmo. Mas, que nunca se esquecessem que ideologia sem conhecimento e atitude é mediocridade e que antes de convencer alguém, há que convencer a si próprio. Daí a busca do conhecimento antes da tomada de qualquer decisão. E o conhecimento é a melhor forma de se precaver contra o maior perigo da vida em sociedade: A ideologia do grupo alienante. O padre mineiro Geraldo dos Reis M. Fontes define bem: "A ideologia do grupo alienante é fazer o individuo alienado sentir-se vencedor mesmo sem conhecer a vitória". JoYa 

(*) Ideologia Neutra e Ideologia Crítica

Refiro-me no texto acima no conhecimento preconizado pela ideologia neutra para se chegar à capacidade crítica de uma análise do comportamento político-partidário dos postulantes ao cargo máximo do executivo brasileiro.
Na verdade, ideologia é um termo que possui diferentes significados. No senso comum significa ideal e contém um conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas.
Diversos autores utilizam o termo sob uma concepção crítica, considerando que ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento; persuasão, e não da força física, alienando a consciência humana.

Comentários no Facebook:

  • Ed Canto Sobre a frase de Saramago, sim: tentar convencer outras pessoas sobre algo é tentativa de colonização intelectual, seja sobre o assunto que for (política, religião, futebol, etc.). 

    No entanto, acredito que discussões ideológicas serão sempre benéfica
    s se entrarmos nelas também dispostos a revermos nossos conceitos. 

    Se eu acreditar que estou certo e a outra pessoa me ouvir, acompanhar meu raciocínio e porventura, através dele, conhecer novos aspectos, ela estará crescendo como pessoa. O mesmo ocorre no sentido inverso: quando eu entro numa discussão, eu tenho que ter a humildade de pesar novos fatos, novas abordagens, pois será melhor para mim sempre caminhar em direção à evolução. Como já dizia o velho Raul, "prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". 

    E trazendo esta discussão ao momento atual que vivemos, no contexto político e principalmente nas redes sociais, o que vejo é justamente uma epidemia triste e desanimadora de gente que vomita opiniões arcaicas baseadas na segurança do isolamento da realidade, influenciando os preguiçosos intelectuais a aderirem a ideias abordadas pela metade e, com isso, fazendo nascer o preconceito, gerador das mais variadas formas de violência.

    E quando esse tipo de tentativa colonizatória chega às grandes mídias, temos a receita completa para o desastre, o descaminho, a involução, o retrocesso.

  • Jorge Yared É por isso que lembrei o padre mineiro Geraldo dos Reis M. Fontes quando disse que "A ideologia do grupo alienante é fazer o individuo alienado sentir-se vencedor mesmo sem conhecer a vitória". O antídoto é exatamente estimular, oportunizar às pessoas para a discussão de sua realidade factual. As teorias ideológicas só são válidas se corresponderem à expectativa do grupo social que ao analisá-las as adota como direcionamento político para uma gestão pública. Mas, para que esse ideal seja concretizado necessário se faz uma sociedade politizada. Está aí um dos problemas crônicos da realidade política brasileira: a maioria que escolhe está à mercê do discurso oportunista e sem o fundamento ideológico que atenda suas reais e factuais expectativas. JoYa

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More