quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Massas de manobra

Quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015.
Situação tensa e indefinida sobre o local de votação
(Foto: Crédito/Theo Marques/Equipe Folha)

Os deputados da base aliada, favoráveis ao chamado “pacote de medidas de austeridade” do governo Beto Richa estão na contra-mão dos eleitores que os conduziram até à Assembléia. Há uma inversão de conduta e valores nesta situação. Eleitos pelo povo para representá-lo, os deputados hoje representam mesmo os interesses de um governo dissociado dos anseios da população. Quem entra nos detalhes dos projetos a serem votados percebe a grande “sacanagem” que a atual administração estabelece ao funcionalismo público paranaense, com reflexos diretos e indiretos à população. Caso este “pacotaço” seja aprovado, o funcionalismo em geral promete parar. Mas, é exatamente aí que eu pergunto: Será que não é mesmo isto que o atual governo deseja? Sem os trabalhos dos funcionários públicos, áreas como saúde, segurança e educação, por exemplo, entram em colapso. A opinião pública hoje favorável aos funcionários pode então mudar e aí entram as salvadoras propostas privatistas em áreas específicas. A estratégia seria esta: Primeiro instala-se o caos, depois elege-se os culpados e em seguida apresenta-se as soluções. Os deputados e os funcionários públicos são apenas massas de manobra. São peças deste jogo de xadrez e, ao final, esperem para ver, surgirão as propostas de privatizações, principalmente nas áreas da educação, saúde, energia e saneamento. Esperem para ver. JoYa
Forçando a barra: Sob o pretexto de falta de segurança, a
votação do "pacotaço" pode acontecer fora da Assembléia
(Foto: Crédito/Fernanda Fraga/RPC)

Ainda em tempo: Não se sabe onde a reunião possa vir a acontecer. Os deputados estão temerosos e exigem segurança para votarem os projetos. Pode até ser que consigam esta pretensa segurança para votar, mas, penso que, depois, será muito difícil. Andar na rua será uma temeridade. Uma coisa é certa: Seus nomes ficarão marcados para sempre neste triste episódio que macula toda uma história do legislativo paranaense. JoYa

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