quarta-feira, 20 de julho de 2016

Uma vida que espera por Justiça

Quarta-feira, 20 de julho de 2016.
Gilmar Rafael Souza Yared e seu amigo Carlos Murilo morreram
quando o veículo em que estavam foi violentamente atingido em
plena via urbana por outro que empreendia velocidade acima de
160 km/h
O nome deste rapaz da foto é Gilmar Rafael Soza Yared, meu sobrinho, filho do Gilmar, meu irmão, e da Christiane, minha cunhada. Sim, meus amigos, esse rapaz poderia estar entre nós, com sua alegria, com seu entusiasmo e com sua amorosidade imensurável, mas não, não está mais entre nós. Até entendo que o outro rapaz à época, aliás da mesma idade que a do meu sobrinho (26), não tinha intenção de matá-lo. Ele só queria se divertir e achava, talvez até hoje que a diversão para ser boa mesmo tem que vir acompanhada de "algo mais" e a bebida alcoólica está inserida neste contexto. Aliás, muita gente acha isso. Quando Carli Filho estava no restaurante tomando vinho com amigos, meu sobrinho estava no computador, no apartamento dele. Saiu para buscar um amigo na saída do trabalho e quando retornavam para o centro, Carli, embebedado pelo vinho que havia tomado empreendia, na mesma direção que eles, uma velocidade inimaginável para uma via urbana, mais de 160 km/h. Não precisa ser especialista para saber que uma via urbana não suporta tal velocidade. Em algum momento ele bateria em algo. Num poste, nas casas existentes no percurso, em pedestres nas calçadas ou nos veículos à sua frente. Quis o destino, infelizmente para nós da família Yared e da família Souza, que fosse o veículo de meu sobrinho. Ali, naquele momento, terminou a vida deste rapaz da foto e de seu amigo, Carlos Murilo. Morreram instantaneamente devido a violência do impacto. Meu sobrinho teve a cabeça arrancada do corpo. Não sobrou coisa alguma acima do ombro, a não ser seu escalpo, coletado pela perícia criminal. Crime? Culpa? Dolo Eventual? Vai ser difícil de saber a resposta da Justiça a estes questionamentos, pois pasmem, mais de sete anos se passaram do fato e o Estado não deu a resposta à sociedade. Ministros, Desembargadores, Promotores e outros funcionários da Justiça têm este compromisso inquestionável com a sociedade. Não é possível que dois cidadãos inocentes tenham sua sentença de morte decretada e executada pela insensatez ao volante e nada tenha acontecido ainda que, objetivamente, leve o protagonista do ato, ao menos, a ser julgado por sua ação delituosa. A nós da família só nos resta o consolo de matar a saudade com as fotos que ficaram. Uma vida que foi violenta e estupidamente retirada de nosso convívio e que ainda espera por Justiça. JoYa

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