sábado, 28 de dezembro de 2013

O teste da banana amassada

Sábado, 28 de dezembro de 2013.

"A capacidade perceptiva faz com que se enxergue algo a
mais do que somente o amassar de uma banana" JoYa
O dono de uma grande empresa de alimentação se aproximava da aposentadoria e, preocupado procurava quem pudesse substituí-lo. Com sessenta e dois anos dedicados a consolidar sua organização como uma das melhores do mercado, ele finalmente havia percebido que chegara a hora de parar. Para substituí-lo havia quatrocandidatos em potencial, todos da diretoria e assim como ele, conhecedores profundos do negócio, pois galgaram todos os postos, desde o "chão de fábrica" até a administração. Mas qual seria o mais adequado para substituí-lo? Certamente deveria ser aquele que tivesse a capacidade de observação das necessidades do negócio tão aguçada quanto à dele. Inventou, então o teste da banana amassada. Toda manhã, antes do café ele mesmo preparava um prato com banana amassada, com mel, aveia e leite. Um a um ele convidou seus diretores a acompanhá-lo no café da manhã. Diante deles ele preparou um prato com banana amassada, não sem antes oferecer ao seu convidado e, diante dele, o preparava cuidadosamente. Depois de tomar o café, agradecia o atendimento ao convite e se despedia. Assim, um a um ele chamou todos os seus quatro diretores. Após, convocou uma reunião de diretoria e comunicou a intenção de se retirar do comando da administração da empresa e para tanto havia decidido que um dos quatro iria substituí-lo. O escolhido seria aquele que melhor resultado conseguisse em um teste aparentemente muito simples: o teste da banana amassada. Os quatro se olharam como que não entendendo bem o que lhes havia sido proposto pelo diretor presidente da empresa. E decretou o comandante:

- Amanhã cedo os quatro irão tomar o café da manhã comigo. Cada um terá a tarefa de comprar os ingredientes e preparar um prato de banana amassada idêntico àquele que preparei diante dos senhores quando aceitaram gentilmente meu convite.

No dia seguinte os quatro chegaram com os ingredientes e realizaram o teste que lhes foi determinado. Parecia, a princípio, um teste banal. Mas não foi. A banana tinha que ser da mesma qualidade, no mesmo tempo de maturação e na mesma quantidade. O mel também. A marca deveria ser a mesma utilizada. O mesmo para a aveia e o leite. Após observar o desempenho de cada um de seus diretores e experimentar o resultado do prato que lhes foi oferecido ele, finalmente pode escolher o seu substituto, segundo seus critérios de avaliação. Ao anunciar o vencedor, explicou que todos eram excelentes administradores, mas para a tarefa de substituí-lo ele esperava encontrar alguém que mesmo num momento de descontração mantivesse a capacidade de observação nos mínimos detalhes de um produto alimentício que à sua frente era produzido. Todos os detalhes: marca, variedade, quantidade, modo de preparo, etc., pois o negócio deles era, em síntese, alimento. Um teste simples, mas eficaz.

Moral da história: As grandes empresas procuram hoje mais do que executivos graduados e com excelente currículo. A necessidade premente é encontrar quem possua “algo mais” que só a capacidade perceptiva pode oferecer. Estar “ligado no negócio” o tempo todo, todo o tempo. Eis aí o predicado valorizado por cem em cada cem empresas e que tanta falta faz a um mercado altamente competitivo em todos os setores: a capacidade perceptiva de quem está no comando do negócio. JoYa

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