quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Opinião sobre a multa ao Papai Noel

Quarta-feira, 25 de dezembro de 2013.

“A distribuição de presentes é um ato voluntário de grandeza pontual.
Diante da situação e da boa fé do transgressor, o correto seria orientar
para que primeiro se adequasse à lei para só depois  lavrar a multa, pois
não mais estaria diante do "Papai Noel", mas sim do cidadão, que embora
tivesse o bom propósito da voluntariedade não deixaria de ser um
transgressor da lei” JoYa
O caso é emblemático e serve para que as pessoas reflitam sobre a realidade do nosso trânsito. Afinal, a lei existe para ser cumprida e os agentes de trânsito para aplicá-la ao caso concreto. Será que as exceções, até certo ponto compreensíveis justificam que façamos dois pesos e duas medidas? Ninguém em sã consciência é contra o que aquele cidadão estava fazendo. A distribuição de presentes é um ato voluntário de grandeza pontual. Diante da situação e da boa fé do transgressor, o correto seria orientar  para que primeiro se adequasse à lei para só depois  lavrar a multa, pois não mais estaria diante do "Papai Noel", mas sim do cidadão, que embora tivesse o bom propósito da voluntariedade não deixaria de ser um transgressor da lei. Não podemos justificar a não aplicação da lei, pelo fato dela não ser aplicada a todos. Aí viveríamos um caos pela falta de sintonia com a obrigação do respeito legal. O prefeito errou, pois representa uma instituição. Enquanto cidadão ele pode até ter uma opinião contrária, mas no exercício do comando do executivo ele tem sim, que cumprir o que reza o texto a lei. O caso é emblemático. Percebi que as opiniões são conflitantes, mas o Brasil precisa discutir esse tipo de assunto. Nossas instituições são hoje corrompidas pela sensação de impunidade que o poder político ou financeiro tem sobre o judiciário. Há que se dar um basta. Eu não multaria o Papai Noel, mas sim o cidadão que após ser alertado para o fato, voltasse a subir na carroceria e sem as medidas necessárias de segurança, continuasse a se expor ao perigo de iminente queda. O policial cumpriu com sua obrigação, embora (e o caso comportava) pudesse resolver de uma forma a que a lei pudesse a tempo ser atendida. O caso se tornaria exemplar e os demais teriam de se adequar às exigências de segurança no transporte de humanos em carrocerias. Achei interessante e emblemático esse caso, pois nos faz refletir sobre a realidade do trânsito brasileiro, quando a lei serve para uns e não serve para outros. Enquanto isso perdurar e somente por culpa nossa, as mortes continuarão acontecendo com ocorrências que equivocadamente insistimos em chamar de acidentes. Na verdade são fatos incidentais provocados pela mania de achar que a lei serve para uns e não serve para outros. A roleta russa perdurará e ninguém estará imune a engrossar as estatísticas de um trânsito cruel e assassino. JoYa

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More