sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Presos os envolvidos na morte do filho da atriz Cissa Guimarães

Sexta-feira, 23 de janeiro de 2015.
Roberto Bussamra e o filho Rafael na chegada à delegacia
 (Crédito: Lívia Torres/G1)

Rafael de Souza Bussamra, condenado pela morte do filho da atriz Cissa Guimarães, Rafael Mascarenhas, e seu pai, Roberto Bussamra, condenado por corrupção, em 2010, foram presos nesta sexta-feira (23). Eles ainda podem recorrer da sentença. Rafael foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico, afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em competição automobilística não autorizada. Ele também teve a carteira de habilitação suspensa por quatro anos e meio. O pai dele, Roberto, foi sentenciado pelos crimes de corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico. O juiz Guilherme Schilling destacou em sua sentença a atitude do pai em corromper os policiais militares numa tentativa de acobertar o filho. Roberto admitiu que pagou R$ 1 mil de propina a dois PMs do 23° BPM (Leblon), que teriam pedido R$ 10 mil para desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do motorista. Os dois PMs que receberam a propina, Marcelo de Souza Bigon e Marcelo José Leal Martins, responderam a um Inquérito Policial Militar e foram expulsos da corporação em 2010.

Leiam com atenção o que o juiz registrou em sua sentença:

“O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas", afirmou o juiz na sentença. "Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal é essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética. De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela”, diz o texto do magistrado. O juiz disse ainda que o comportamento "malicioso" dos réus foi decisivo para a sentença. “O que se observa é um comportamento reprovável e malicioso dos réus, que através de uma enxurrada de inverdades buscaram não somente eximirem-se da responsabilidade penal, mas na realidade transferi-la com maior peso a outras pessoas. Percebe-se uma verdadeira degradação de valores morais em uma família de classe média, que talvez por mero individualismo, ou abraçando uma cultura brasileira de tolerar exceções, tende a apontar os erros dos outros, e colocando um verdadeiro véu sobre seus erros”, assinala o juiz. G1

* No Rio de Janeiro a Justiça funcionou, apesar de todas as manobras dos envolvidos. E aqui no Paraná, por quê as coisas não andam do mesmo jeito? 

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