quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Desastres Ambientais: conhecimento gera responsabilidade!


* Lembrando conteúdo da postagem Reflita Ghandi:

 "Ambiente limpo não é aquele que mais se limpa e sim, o que menos se suja!" (Ghandi)
Muitos  teimam em priorizar o investimento na solução das conseqüências e deixam o enfrentamento das causas para depois. Agindo assim, perdemos mais tempo em limpar a sujeira que produzimos, do que evitar fazê-la.


Com as recentes tragédias em decorrência das chuvas, em São Paulo, Rio, Minas Gerais e Santa Catarina, o poder público felizmente começa a acordar para as ações de prevenção. Mas só acordar não basta. É preciso sair da cama e do quarto e da casa e ir à luta.  Aqui no Paraná, por exemplo, já foi reconhecido que não existe um diagnóstico de áreas de risco. Mas, felizmente possuímos estrutura para fazê-lo. Basta agora, ação. A Mineropar anunciou recentemente que tem condições de colaborar na elaboração do mapeamento de pontos sujeitos a desastres naturais, pois possui os mapas geológico e geomorfológico do Paraná, com informações sobre relevos e fragilidades ambientais.
Um diagnóstico está sendo elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em conjunto com a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), desde o ano passado. Trata-se de um levantamento das ocupações irregulares, casas em beiras de rio, encostas, entre outras, para poder desenvolver ações preventivas nestes locais, geralmente ocupados por pessoas de baixa renda.
É o primeiro e talvez mais importante passo: conhecer as áreas de risco. Mas, e depois dele? É a tão propalada vontade política de investir em prevenção, ação que quase sempre não aparece na mídia. O dinheiro precisa aparecer e ser aplicado objetivamente para que Estado, municípios e cidades estejam estruturadas para dar atendimento rápido nas ocorrências. O Paraná possui 399 municípios. Não são todos, aliás, a grande maioria não possui estrutura para agir rápido em caso de sinal vermelho.
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, reconheceu inclusive que os governos até hoje não implantaram um sistema nacional de alerta e prevenção de desastres porque o país não tem uma cultura de prevenção contra desastres naturais. Embora esse sistema estivesse previsto em decreto publicado em 2005, no primeiro mandato do presidente Lula, nada foi feito.  Agora, devido ao impacto da tragédia ele finalmente sai do papel. Pelo menos foi o que se anunciou no início desta semana em Teresópolis como resposta aos danos provocados pelas fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Entre as medidas anunciadas pelo governo estão a compra de 700 pluviômetros e novos radares e o aviso de alerta às populações em áreas de risco até seis horas antes do evento climático.
A natureza já deu seu aviso. Agora só depende de nós...não só deles...de nós mesmos, fazendo nosso papel na área em que vivemos e cobrando das autoridades ações objetivas para resolver a questão. A primeira delas é o mapeamento. Após, ações de prevenção baseadas em critérios técnicos. Conhecimento gera responsabilidade! 

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