sexta-feira, 29 de julho de 2011

Morre jovem atropelado por Land Rover em São Paulo


Sexta-feira, 29 de julho de 2011.
O administrador Vitor Gurman, 24, que foi atropelado na
madrugada de sábado na Vila Madalena, em São Paulo
(Foto do arquivo pessoal)
Mais uma morte que tem como causa excesso de velocidade e embriaguez ao volante. E, mais uma vez, protagonizada por pessoas de alto poder aquisitivo, que pensam estar acima do bem e do mal, da lei e das instituições. E, mais uma vez lembro a necessidade de uma legislação mais objetiva no sentido de fazer essa gente permanecer presa desde a ocorrência até o julgamento. Pagar multa, e ser liberado para responder processo em liberdade oferece a preocupante sensação de impunidade que tem como conseqüência o desrespeito à Lei Seca  e também ao conjunto das Leis do Trânsito. Isso tem ceifado a vida de muita gente inocente nesse país, e, infelizmente ninguém faz nada. Hoje recebo a triste notícia de que o jovem atropelado no sábado (23) por um jipe blindado na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, morreu às 19h30 desta quinta-feira, informou o Hospital das Clínicas, onde ele estava internado. 
Land Rover que atropelou o administrador Vitor Gurman,
24, na rua Natingui, na Vila Madalena, zona oeste de SP
(Foto Silvio Portante)
O administrador Vitor Gurman, 24, voltava para casa, na rua Natingui, quando foi atingido por um Land Rover. Ele deu entrada no Hospital das Clínicas com traumatismo craniano e durante a internação respirou por aparelhos. O carro era conduzido por Gabriella Guerrero Pereira, 28, mas pertence ao namorado dela, o engenheiro Roberto de Souza Lima, 34, que estava no banco do passageiro e sofreu ferimentos. O veículo acumulava 26 multas --dez delas por excesso de velocidade-- registradas entre 23 de dezembro de 2010 e 14 de maio de 2011.
HOMICÍDIO
Inicialmente, Gabriella era investigada por embriaguez ao volante e lesão corporal culposa (sem intenção). Nesta quinta-feira, porém, o delegado Manuel Adamuz, do 14º DP (Pinheiros), abriu inquérito para apurar o crime de tentativa de homicidio doloso (intencional). Para o policial, Gabriella assumiu o risco de provocar a morte dele. O inquérito baseia-se, segundo o delegado, no depoimento de duas testemunhas do acidente. Um delas afirmou que o Land Rover estava em alta velocidade (no trecho, a velocidade máxima permitida é de 30 km/h); a outra testemunha disse que Gabriella parecia estar alcoolizada e demonstrava preocupação apenas com o namorado. A polícia deve ouvir mais testemunhas e, por último, a nutricionista. Laudo de exames clínicos do IML (Instituto Médico Legal) apontou que Gabriella estava alcoolizada no momento do acidente. O exame é de observação --um perito observa reflexos da pessoa em sua reação a estímulos e o odor etílico. Por meio do advogado, José Luis Oliveira Lima, Gabriella nega que estivesse alcoolizada. Sobre as multas, o advogado informou que o carro é usado na empresa do engenheiro e, por isso, conduzido por mais de uma pessoa. Imagens registradas por uma loja mostram o momento em que o jovem atravessava pela faixa de pedestres da rua Natingui. Em seguida, o Land Rover passa. O vídeo não mostra o atropelamento.  (Folha Online)


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