segunda-feira, 19 de março de 2012

Brasileiro é assassinado por policiais na Austrália

Segunda-feira, 19 de março de 2012.
Assim como aconteceu com o brasileiro Charles em Londres, assassinado por policiais ingleses, outro brasileiro foi morto por agentes de “segurança”, na Austrália. A forma como tudo aconteceu revolta a qualquer um. Um jovem brasileiro, estudante, de apenas 21 anos foi praticamente eletrocutado pela polícia australiana e tudo por ter sido considerado “suspeito” do furto de um pacote de biscoitos. Gente, se o governo brasileiro não tomar sérias providências em nível de retaliação econômico-financeira mesmo, vou ficar muito decepcionado com a presidente Dilma e a própria estrutura de poder deste país. É preciso que lá fora respeitem o Brasil e os brasileiros. Mas antes disto se transformar em realidade precisamos nos dar ao respeito. Como esperar que qualquer país nos respeite se nós mesmos não estamos nem aí com os nossos. É preciso dar um basta. Os representantes do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, os diplomatas do Itamaraty, enfim, ganham muito bem para não fazer nada. Chegou a hora de honrar o que recebem dos impostos pagos por nós, cidadãos brasileiros por demais desrespeitados no exterior. Para eles, somos um país onde o povo "só joga futebol e dança samba" que vive pulando carnaval nas avenidas o ano inteiro. Nossas belas e valorosas mulheres são vistas como “produto de consumo sexual”, para não dizer outra coisa. A revolta é grande por ler como se deu mais um assassinato de brasileiro no exterior. E por um motivo banal, fútil. Com a palavra e a atitude o governo brasileiro, comandado hoje por uma mulher, da qual se espera uma postura sensível e enérgica para a questão, o suficiente para levar este caso até as últimas conseqüências. É preciso que entendam, lá fora, que temos bala na agulha. Ou não temos?
A notícia que motivou o comentário
Embaixada brasileira em Camberra, Austrália (Foto Arquivo)
Um estudante brasileiro de 21 anos foi morto na madrugada de domingo (18) na região central de Sydney, na Austrália, durante uma abordagem policial. Segundo a polícia local, houve um assalto a uma loja de conveniência na rua King por volta das 5h30 --um pacote de biscoitos foi levado. Policiais foram chamados e chegaram ao local em poucos minutos, mas o ladrão já havia fugido. Uma guarnição de seis agentes fez buscas pela região e, segundo a polícia, localizou um suspeito na rua Pitt. O suspeito era brasileiro e fugiu da abordagem, ainda conforme a polícia. Os policiais o perseguiram e, durante um confronto, dispararam uma arma de choque elétrico e usaram spray de pimenta. Uma testemunha da ação disse ao jornal australiano "Sydney Morning Herald" que, mesmo depois de caído no chão, ele tentou se livrar e foi atingido pelo menos mais três vezes com a arma de choque, do modelo Taser. A ação foi filmada por uma câmera de segurança de um café da rua e exibida na TV australiana. A testemunha disse que o brasileiro estava sem camisa e sem nada nas mãos quando a polícia o avistou. "Ele corria tanto quanto podia. Suas calças estavam caindo, eu achei que ele estivesse apenas bêbado e que os policiais estavam tentando capturá-lo'', disse. Ela ainda revelou que o jovem gritou por socorro quando recebeu os choques, até desmaiar. Segundo a polícia, o jovem teve uma parada cardiorrespiratória. Policiais e paramédicos chamados ao local tentaram reanimá-lo, sem sucesso. A polícia disse que uma equipe de investigação, formada por membros do departamento de homicídios, foi acionada para apurar as circunstâncias da morte do brasileiro. O resultado ainda será revisto por oficiais da área de padrões profissionais. Ao "Sydney Morning Herald", a polícia disse já ter entrado em contato com familiares da vítima no Brasil, mas que ainda não foi feita uma identificação formal. A polícia também vai realizar exames para saber se o jovem estava drogado ou alcoolizado e se isso pode ter contribuído em sua morte. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro já acionou seu consulado em Sydney para tomar as providências cabíveis e aguarda informações sobre o ocorrido. Informou também que, até o momento, o governo da Austrália não confirmou oficialmente a morte do brasileiro no país. (Folha Online)

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