sábado, 16 de fevereiro de 2013

O jovem "eu"

Sábado, 17 de fevereiro de 2013.

Jorge Yared, aos 22 anos, nos estúdios da Rádio Clube Paranaense
Para matar a saudade do "jovem" eu (22 anos), momentos antes de iniciar uma das inúmeras edições do Correspondente GBOEX que comandei nas ondas sonoras da Rádio Clube Paranaense, a mais potente emissora da história do rádio paranaense. Com uma onda média e três ondas curtas (25, 31 e 49) a Clube era sintonizada no mundo inteiro na época em que ninguém usufruía do fenômeno da internet. Orgulho-me por demais de ter participado desta fantástica história durante quase dezessete anos (1974 a 1991).
Correspondente Gboex

Se você estiver em...(nome da cidade e do Estado...muitas vezes até do país. A fonte eram os endereços das cartas de ouvintes)...e sentir saudades de Curitiba e do Paraná...(se fora do Estado)....ouça a Clube, ela chega lá!!!!

1986, Rádio Clube Paranaense. Após ter sido aprovado nos testes do exigente grupo GBOEX, comecei a apresentar o Correspondente GBOEX na Rádio Clube Paranaense. Para conseguir assumir a apresentação deste noticioso, o locutor tinha que ter uma capacidade de leitura rápida com uma correta dicção. A quantidade de notícias, se lidas no estilo atual, levaria uns 25 minutos. Naquela época era preciso lê-las em 10 minutos, com abertura, patrocínio e fechamento. E eu conseguia. Era puxar o fôlego e imprimir um ritmo que não desse a impressão de estar lendo rápido demais. O macete era a entonação no início, no começo de alguns períodos e no fechamento da notícia, sempre baixando o tom, para puxar novamente o ar para os pulmões. Foi a princípio um gostoso desafio vencido. Com 22 anos, sem contato com bebida alcoólica e fumo, meus pulmões estavam à toda. Na história do rádio-jornalismo paranaense, em minha opinião, o Correspondente GBOEX (Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército), apesar da origem ser na escola gaúcha (rádio Gaúcha de Porto Alegre) foi um diferencial, um divisor de águas quando o foco for o estilo de apresentação. Até hoje, ninguém veio falar comigo a respeito. Está faltando aqui no Paraná um historiador que se preocupe em registrar esses acontecimentos. E as faculdades de jornalismo, o que fazem a respeito, afinal história também é ciência?!!?

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