domingo, 17 de fevereiro de 2013

O trauma e a saudade

Domingo, 18 de fevereiro de 2013.
Gilmar Rafael Souza  Yared e sua prima Yaiune (Arquivo de Família)
Este é Gilmar Rafael Souza Yared. Sobrinho querido. É assim que lembro dele desde criança. Um menino alegre, inteligente, brincalhão, participativo e amoroso, muito amoroso com todas as pessoas com quem partilhou seus 26 anos de vida. Nesta foto, abraçado à minha filha Yaiune, a imagem que fala por si só. Saudades e esperança de que seu passamento não tenha sido em vão. Ao longo desses quase quatro anos seus pais , sua família e amigos esperam que a justiça seja feita. Não para trazê-lo de volta. Isso, sabemos, não será possível. Mas, para que a sociedade como um todo entenda que a lei existe para viabilizar a vida e o convício entre os humanos e, para tanto precisa ser cumprira por todos. A sensação de impunidade pelo tratamento desigual leva ao descumprimento institucionalizado da lei. A luta pela resposta que o judiciário precisa dar neste caso é uma forma de amenizarmos o trauma pela perda de nosso ente querido. A saudade dele não será amenizada, mas sim justificada pelo nobre ato de defesa ao cumprimento da lei. Só assim teremos a esperança de voltar quando saímos de nossos lares. A situação como está pode piorar ainda mais se se matar no trânsito e se achar que o "coitado que matou" é tão vítima quanto o "coitado que "morreu".

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