Com a moral abalada, subsecretário do governo do Rio é exonerado após atropelar 4

Segunda-feira, 29 de agosto de 2011.

Protegido inicialmente pelo corporativismo típico da influência política,

Felipe Mendes não resistiu à pressão da imprensa e da sociedade. Mas

a medida administrativa ainda é pouco para ele. É preciso que responda

 criminalmente pelo que fez (Foto Agencia O Dia)

O subsecretário de Estado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Alexandre Felipe Vieira Mendes, foi exonerado de seu cargo nesta segunda-feira. A exoneração será publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira. Na quinta-feira passada, Mendes, ex-coordenador da Operação Lei Seca, atropelou quatro pessoas quando deixava uma festa em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Uma das vítimas, Erminio Cosme Pereira, de 58 anos, foi sepultado na manhã de hoje, no cemitério de Itaipu. Após o acidente, as outras pessoas atropeladas foram atendidas e liberadas.

A Secretaria de Estado de Governo, do Rio, ainda exonerou Eloisa Helena Souza da Silva, coordenadora de uma das equipes da Lei Seca. Ela autorizou a ida de um reboque da operação ao local do acidente em que o subsecretário se envolveu. Na delegacia, horas depois do acidente, o subsecretário, que deixou a a operação Lei Seca em fevereiro, disse que não viu as pessoas devido à falta de iluminação e que só percebeu o atropelamento ao atingir Erminio, mas não o socorreu por estar em estado de choque.

Alexandre Felipe afirmou ainda que havia bebido apenas meia taça de vinho antes do acidente e que não havia alterado a sua percepção. Testemunhas disseram, no entanto, que ele dirigia em zigue-zague e parecia alcoolizado quando saiu do carro. Ele depôs sobre o acidente na tarde da última sexta e não teve a carteira apreendida na Polícia Civil. O delegado Carlos Alexandre Leite informou que a medida seria uma punição administrativa que só poderia ser aplicada pelo Detran.

* É preciso seriedade nessas questões. O cidadão deveria estar preso. Ele cometeu crime grave e não puni-lo exemplarmente só fará aumentar ainda mais a falta de confiança da população nas instituições. E isso não é nada bom!

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