quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Parceiro é parceiro


Quarta-feira, 31 de agosto de 2011.
Empresario Dinocarme Aparecido Lima, condenado a
17 anos e quatro meses de prisão em regime fechado
O juiz Sergio Fernando Moro, da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, condenou na segunda-feira (29), 12 dos 16 acusados de envolvimento no esquema de desvio milionário de recursos públicos feitos pelo Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap). Eles foram condenados por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A Oscip teria desviado R$ 10 milhões somente em Londrina. O presidente da Oscip, Dinocarme Aparecido Lima, foi condenado a 17 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. A mulher dele, Vergínia Aparecida Mariani, titular e administradora de várias das empresas envolvidas no esquema criminoso, vai cumprir 14 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão também em regime fechado.  A propósito, vou postar o comentário de Willian Casagrande, cidadão londrinense, a respeito do principal envolvido no esquema, o empresário Dinocarme Aparecido Lima. Ele demonstra o sentimento de indignação dos londrinenses com mais este lamentável crime de peculato:
Escreve Willian:
“Londrina está novamente nas páginas nacionais – desta vez, a tragédia não envolve sangue, mas ainda assim é grave. O dono do Instituto Superior de Londrina (Inesul), Dinocarme Aparecido Lima, e o diretor do mesmo instituto, Juan Carlos Monastiero, foram presos hoje, terça-feira (11), na Operação Parceria, efetuada pela PF, pelo Ministério Público e pela Receita Federal.
Os detidos são acusados de desviar cerca de R$300 milhões (!) em dinheiro público, durante cinco anos, por meio do Centro Integrado de Apoio Profissional (CIAP), uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) responsável pela qualificação profissional de adolescentes carentes em Londrina. O CIAP recebeu R$1 bilhão (!) do Governo Federal desde 2005. A PF pretende prender 40 envolvidos do Paraná e de outros Estados, sendo que 11 já estão detidos.
Dinocarme não é um pequeno empresário. Tem institutos de ensino no Paraná, em São Paulo, no Maranhão, no Pará e em Goiás. Ele também é coordenador do CIAP, órgão que atua em todos os Estados em que ele tem negócios. Esse vínculo certamente facilitou o esquema, que iniciou em Londrina e foi importado para outros lugares. Não há como fazer cara feia para um senhor que dirige um órgão responsável pela lapidação profissional de jovens carentes, ainda mais em uma cidade com índices de criminalidade tão altos como Londrina. Casos como este mostram como é fácil ganhar dinheiro ilícito com educação no Brasil – ainda mais se a instituição tiver fins de assistência social como o CIAP.
O nome “Operação Parceria”, bem dúbio, vem da Lei 9.790, de 1999, que criou as exigências para a qualificação das OSCIP. Uma dessas exigências é a “rigorosa participação social”. O CIAP desenvolve projetos na área da educação, da cultura, dos esportes e do meio ambiente, sempre envolvendo jovens carentes, marginalizados socialmente. Ao invés de efetuar uma parceria com a sociedade e o seu desenvolvimento, a administração do CIAP preferiu dar as mãos aos seus pares, os outros 39 brothers, e contribuir para o nosso descrédito.
Parceiro é parceiro, não é, Dinocarme?
(Willian Casagrande)

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