quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ex-chefe da Receita Federal em Pernambuco é preso pela Polícia Federal



Quarta-feira, 11 de maio de 2011.
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, em Maceió (AL), o ex-chefe da Receita Federal em Caruaru (a 136 km de Recife, PE) Saulo de Tarso Muniz dos Santos, suspeito de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, as investigações, iniciadas há dois anos, revelaram que Santos teria acumulado R$ 12 milhões em patrimônio com as supostas fraudes. O valor foi considerado incompatível com o salário do servidor, que é auditor da Receita Federal. 

* Vejam ao lado, parte do extenso patrimônio de Saulo, totalmente incompatível com o excelente salário de um auditor fiscal da Receita Federal. Parece que ele decididamente não estava satisfeito com o que ganhava. Agora descobrirá que perdeu duas coisas que não tem preço: a liberdade e o crédito social.

Foram detectados cerca de 40 bens que pertenceriam ao suspeito, entre eles imóveis de alto padrão, lotes em condomínios, pousadas, casas de veraneio e carros de luxo. Os bens estariam espalhados em Pernambuco, nas cidades de Caruaru, Gravatá, Recife e Jaboatão dos Guararapes, e em Alagoas, na praia de Maragogi e em Maceió. 

O esquema que teria permitido os desvios, consistia, de acordo com a PF, na "blindagem" patrimonial de pessoas físicas e jurídicas, por meio de declarações forjadas de Imposto de Renda. Também havia, ainda segundo a polícia, lavagem de dinheiro com a compra de imóveis registrados em nome de 'laranjas'. 
A operação da PF, batizada de "Incongruência" em alusão à incompatibilidade dos bens encontrados com a renda do auditor, conta com a participação de 60 policiais. Estão sendo cumpridos um mandado judicial de prisão e 17 ordens de busca e apreensão. A reportagem não conseguiu conversar com Saulo de Tarso Muniz dos Santos nem com seu advogado. 
 
O superintendente da Receita Federal em Pernambuco, Luiz Fernando Nunes, afirmou que ainda não é possível  saber se será instaurado um processo administrativo pelo órgão para verificar a culpabilidade de Saulo de Tarso, bem como o envolvimento das empresas beneficiadas pelo esquema de fraude. Se confirmadas as denúncias, ele deverá ser demitido.  E tanto o auditor, quanto todas as empresas, uma vez mensurado quanto deixou de ser recolhido, poderão responder pelo crime de sonegação fiscal e também ser condenados a devolver as quantias aos cofres públicos.

Saulo de Tarso Muniz dos Santos permanece preso até segunda decisão judicial e responde também por corrupção passiva, crime caracterizado por recebimento de ‘vantagens’ indevidas, uma vez ocupando cargos públicos. Combinados os crimes, o auditor pode ser condenado a um total de 5 a 22 anos de reclusão.
(pernambuco.com)


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